Trabalho bom e objetivo alcançado.
Depois de assumir o Flamengo na lanterna do Campeonato
Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo conseguiu tirar o Rubro-Negro
da zona da confusão. Com o empate por 1 a 1 diante
do Grêmio, neste domingo, o clube carioca terminou
o Campeonato Brasileiro na 10ª posição.
Desempenho que levou o treinador a classificar seu trabalho
como bom, deixando claro que o futuro do Fla "seria
complicado" se não tivesse sido contratado.
- A situação seria mais complicada
se eu não tivesse sido contratado. Não por
mim, mas acho que os jogadores entenderam o que eu tinha
para falar. Quando voltei, não queria entrar no
mérito do trabalho de ninguém para não
criticar colegas. Sabia que seria complicado porque tinham
deixado algo difícil de ser contornado. Fomos com
paciência, ganhamos o primeiro jogo e perdemos o
segundo, mas conseguimos sair. O trabalho foi bom, não
como desejávamos, mas foi bom. Uma temporada positiva
para mim e não tão ruim para o clube - frisou.
O objetivo agora é reforçar
o elenco de olho na temporada 2015. E, para isso, Luxa
vai até abrir mão das férias para
buscar um ídolo.
- Técnico não tem férias.
Vou trabalhar até o fim do ano com a maior dedicação
possível. Tenho que ter jogadores prontos para
2015. O Flamengo precisa construir o ídolo dele
em campo. O ídolo não pode ser o técnico,
tem que ser um grande jogador. Ou você forma esse
ídolo ou contrata um grande cara de fora. Vamos
trabalhar para isso até o fim do ano - disse.
Confira outros pontos da entrevista:
Atuação
Jogar contra o Grêmio na Arena é
sempre muito difícil. Falei para o meu time que
tinha dado férias para 14 jogadores, mas que eles
estavam aqui para defender os interesses do Flamengo.
Não seria uma análise apenas do jogo de
hoje e sim do trabalho desde que cheguei. E o que pensamos
para 2015 também. O time foi bem, mas sentiu o
ritmo de jogo. Normal. Estou feliz com o desempenho. Saímos
da zona da confusão há muitas rodadas. Estamos
no lucro. Um lucro ruim, porque não brigamos por
nada, mas estamos felizes mesmo assim.
César
Uma coisa não tem a ver com a outra.
O Barcos pode ter levado a bola com a mão, isso
é problema do árbitro. Mas o César
teve um lance igual a esse no treino de sexta-feira e
também tomou o gol porque saiu ansioso na bola.
Ele estava tendo uma grande atuação, tem
muito potencial. Mas quer resolver tudo ao mesmo tempo.
Esquece o Barcos, minha preocupação é
o César. Foi falta de experiência, mas ele
tem a minha confiança.
Análise do elenco
Não será na pré-temporada.
Até lá já tem de estar tudo definido.
Quem vai ficar, quem vai sair... A esses, temos que agradecer
pelo empenho e dedicação por tirar o Fla
da confusão. Algumas coisas vão acontecer.
Quem não ficar, não quer dizer que a carreira
acabou. Temos que montar um elenco forte. Pelo segundo
ano seguido o Flamengo enfrentou dificuldades. Que no
ano que vem possamos ser cobrados por uma disputa em alto
nível.
Rodrigo Caetano
Não tenho essa confirmação.
Só posso falar quando for definido.
Turquia
Estamos estudando. Temos que ver a questão
dos amistosos, da logística, do translado. São
coisas importantes. Houve recentemente uma reivindicação
importante por 30 dias de pré-temporada. Agora
não podemos desprezar isso queimando etapas. Precisamos
ter paciência e inteligência. Tudo será
estudado.
Reforços
Tudo está acontecendo. Já
tivemos diversas reuniões. Estamos esperando alguns
pontos, nunca é possível resolver na velocidade
que queremos. Sempre leva mais tempo.
Arthur Maia
Quando falei do Thallyson era porque a diretoria
já tinha confirmado. Sobre a pré-temporada,
leio as pessoas dizendo que o Flamengo está desorganizado,
uma novela. É preciso parar com essas coisas pejorativas,
de olhar apenas o lado negativo. O Flamengo está,
sim, muito organizado. Queremos ser inteligentes para
tirarmos proveito. Ruim seria não saber o que fazer.
É duro ouvir essas coisas, mas não fico
chateado. Faz parte.
Mas e o Arthur Maia?
Se eu não respondi era porque não
queria falar. Foi boa essa, hein?
Matheus Biteco e Pará no Fla?
Isso é assunto interno. Vocês
(jornalistas) correm atrás e eu tenho que falar
com a diretoria.
Dívida do Grêmio
Ainda não me pagaram. Estou esperando
para não colocar o Grêmio na Justiça.
Fui feliz no clube, tive uma história bonita. Não
me esqueço do jogo contra o São Paulo, quando
a torcida pediu para eu ficar. Foi um tempo bom, do qual
sinto saudade. Mas houve a troca do presidente. Fui contratado
pelo Paulo Odone, e entrou o Fábio Koff. Meu contrato
até chegou a ser renovado, mas senti que a coisa
estava estranha. Era um direito dele me mandar embora.
Mas tenho meus interesses. Se trabalhei, tenho que receber
por isso. O Koff me mandou embora por incompetência,
agora tem que arcar com o contrato. Não quero precisar
entrar na Justiça.