Após a Olimpíada de 2000,
em Atenas, quando o Brasil foi eliminado de maneira vexatória
para Camarões, Alex desembarcou na Gávea
com a esperança de recuperar o grande futebol do
Palmeiras e ser o grande nome do clube naquela temporada.
No entanto, a situação foi bem diferente
disso. Tendo disputado apenas 12 jogos e marcado três
gols, o meia não deixou a menor saudade no coração
do torcedor rubro-negro e ainda ganhou fama de "amarelão"
por não ter se adaptado ao clube.
O momento político do Flamengo na
ocasião era outro fato complicador para Alex conseguir
desenvolver um bom futebol. Edmundo Santos Silva, então
presidente, era envolvido com problemas fora do clube
e a Gávea se tornou uma verdadeira bagunça,
como o próprio jogador já afirmou. Em entrevista
no ano passado ao L!Net ele falou um pouco sobre o assunto:
- O Flamengo, falando de aprendizagem, foi
legal. O meu momento individual era ridículo, era
péssimo. Eu tinha acabado de voltar da Olimpíada,
onde tinha ido mal, muito mal. Cheguei no Flamengo e o
clube estava uma zona. O Flamengo era uma bagunça,
vivia um momento conturbado. O Edmundo, que era o presidente,
tudo o que ele falava funcionava ao contrário.
Encontrei um clube totalmente desorganizado. E a gente
não tinha comprometimento nenhum para mudar isso,
nem jogadores, nem mesmo o presidente.
Alex nunca escondeu ser fã de Zico
e que usar a 10 eternizada pelo Galinho no Flamengo seria
um sonho de infância. Quando os dois trabalharam
juntos no Fenerbahçe (TUR), anos depois, a amizade
foi estreitada e eles hoje costumam aparecer sempre rasgando
elogios um ao outro. Com a camisa vermelha e preta, no
entanto, o desempenho foi bem diferente.