As férias no Flamengo começaram
mais cedo, e na quarta-feira 13 jogadores já foram
liberados para o período de recesso que, para eles,
vai até 3 de janeiro. Paulo Victor, Léo
Moura, Wallace, Samir, Cáceres, Canteros, Márcio
Araújo, Gabriel, Alecsandro, Paulinho, Everton,
Eduardo da Silva e Nixon não vão levar nenhuma
cartilha de comportamento na bagagem para os 30 dias de
folga. Pelo contrário, o preparador físico
rubro-negro, Antonio Mello, aconselhou aproveitar "ao
máximo" os momentos de lazer e disse não
acreditar nesse tipo de manual de conduta.
- Sou totalmente contra. O jogador não
pode cumprir uma determinação num momento
de lazer. Não quero me enganar, não tem
cartilha. A recomendação é que joguem
futevôlei, bebam, passeiem, aproveitem ao máximo
porque em janeiro estou de volta preparando a pré-temporada.
O resto é comigo - orientou Mello.
Há dois anos, uma cartilha proposta
pelo então gerente de futebol Jairo dos Santos
causou polêmica no clube (veja na imagem abaixo).
O manual pedia uma vida mais regrada fora de campo e foi
distribuído ao elenco durante a disputa da Libertadores
de 2012, pouco depois da demissão da comissão
técnica que também tinha Vanderlei Luxemburgo
e Antonio Mello. Porém, o episódio virou
motivo de deboche, e os jogadores na época fizeram
avião de papel com a carta. Um dos mais inconformados
foi Ronaldinho Gaúcho, que criticou publicamente
a iniciativa dizendo que o "Barcelona não
tem cartilha e ganha".
O restante do elenco vem se preparando para
a última partida do ano neste domingo, contra o
Grêmio em Porto Alegre, e estará liberado
para as férias a partir de segunda-feira também
sem qualquer tipo de restrição. Porém,
um jogador específico tem a atenção
especial da comissão técnica: Anderson Pico.
Mello garantiu que não fez nenhuma recomendação
para o recesso do lateral-esquerdo, que está em
fim de contrato e deve ter seu vínculo renovado
por dois anos. Mas ele afirmou que o jogador, que tem
histórico de problemas com a balança e ainda
precisa perder peso, sabe o que pode e o que não
pode fazer fora de campo.
- A recomendação que a gente
faz é simples, não esquecer o lado profissional.
O Pico depende hoje da perda de peso para voltar em condições
de iniciar um trabalho com grupo. Ele sabe o que tem que
fazer. Não há nenhuma recomendação
da minha parte. Falta perder ainda em torno de três,
quatro quilos, com o ganho que teve de massa magra, para
poder estar no peso ideal.