Contratado com status de jogador de seleção
sul-americana, o zagueiro equatoriano Erazo penou no Flamengo.
Fez apenas seis jogos, sendo cinco pelo Carioca e um pelo
Brasileiro. Virou chacota. Nem o fato de ter defendido
o seu país na Copa do Mundo e sobrevivido ao ataque
da França, no Maracanã, mudou o seu rumo
no clube.
Com atuações desastrosas contra
Fluminense e Vasco, Erazo ficou mais de sete meses sem
jogar até ser chamado para substituir Marcelo no
segundo tempo da goleada por 4 a 0 sobre o Vitória,
domingo passado. Agora, será titular contra o Grêmio,
em Porto Alegre, no fechamento da temporada, à
espera de um futuro diferente.
- No jogo contra a França no Maracanã,
depois de passar por uma situação difícil
em relação ao torcedor, tive meu nome gritado.
Tenho essa vontade. Em um clube grande, todos estão
de olho e querem que seu representante no campo dê
o máximo. É pensar em dar a volta por cima
- afirmou Erazo.
Aos 26 anos e com contrato até janeiro
de 2016, prorrogável por mais um ano, Erazo teve
sua volta cogitada para o Barcelona de Guayaquil em uma
entrevista do presidente do clube equatoriano, Antonio
Noboa. No Flamengo, o assunto é desconhecido pelo
vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel.
- Não tenho conhecimento disso -
disse o dirigente.
No discurso de Erazo também há
a certeza de que ele estará no Flamengo em 2015.
Com a saída de Chicão anunciada, o clube
ainda terá Wallace, Samir e Marcelo. Além
disso, pode contar com a volta de Welinton, que está
emprestado ao Coritiba.
- Tive muita dificuldade para me adaptar.
Entendi depois que todo jogador precisa desse tempo. Faz
parte do futebol. Não há espaço para
erros. Tenho que acreditar nas qualidades que me trouxeram
para o Flamengo - afirmou o zagueiro.
Erazo lembra que no início até
a língua era um problema. Agora, consegue se expressar
melhor para se comunicar, principalmente com os companheiros
de zaga.
- Para um zagueiro, é difícil
por ter que se comunicar o tempo todo com o companheiro.
Na minha estreia, eu não entendia o Wallace e nem
ele entendia o que eu falava. Agora, já compartilho
diálogo com todos - explicou.