A eleição para presidente
do Flamengo acontece apenas no final de 2015, mas os sócios
rubro-negros estão prontos para um pleito pouco
comum no próximo mês de dezembro. Tudo acontece
por conta do desligamento de 115 membros do Deliberativo.
Eles deixaram o Conselho em razão do não
comparecimento ao clube. Destes, aproximadamente 100 pertencem
ao grupo político do mandatário Eduardo
Bandeira de Mello. O restante foi eleito em 2012 pela
chapa liderada por Patricia Amorim.
O fato é uma nova derrota política
da administração, que recentemente teve
reprovada a implantação da cota extra para
pagamento de dívidas antigas e não conseguiu
levar ao crivo dos sócios o acréscimo de
uma estrela na camisa para homenagear o título
Mundial de basquete.
A campanha começou na última
sexta-feira (14) e deve durar cerca de um mês. A
eleição está prevista para acontecer
na primeira quinzena de dezembro. As correntes de oposição
se juntaram e formaram a chapa "União Rubro-Negra"
com o objetivo de esvaziar o Conselho Deliberativo de
membros da situação. A estratégia
já faz parte da disputa eleitoral do próximo
ano.
A relação de votantes contém
6.415 eleitores. Porém, em torno de mil sócios
devem comparecer ao clube para escolher a chapa que vai
indicar os 75 conselheiros efetivos e os 40 suplentes.
"O estatuto do Flamengo é muito
claro. Quem não vai a três reuniões
seguidas ou cinco alternadas, precisa ser substituído.
Os caras não estão interessados no Flamengo?
Tudo bem. Trocamos. Acho lamentável. Eles foram
eleitos e não quiseram participar do dia a dia
do clube. A situação se mostrou contrária
no início, mas agora precisa aceitar. Presido o
Conselho e quero membros interessados", explicou
o presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck.
Um dos responsáveis pela realização
da rara eleição, o presidente do Conselho
de Administração, Maurício Gomes
de Mattos reforçou a necessidade de preencher as
vagas no pleito rubro-negro.
"Vamos recompor com quem tiver mais
votos. A campanha está liberada na sede, mas coibiremos
a poluição visual das chapas. Só
lembro de algo parecido no mandato tampão do Hélio
Paulo Ferraz [2002/2003]. E foi uma exceção.
Isso é totalmente incomum no Flamengo. Não
podemos deixar de realizar o pleito. É algo extremamente
pertinente e justo", encerrou.