As substituições feitas pelo
técnico Vanderlei Luxemburgo no jogo da eliminação
do Flamengo da Copa do Brasil deixaram marcas. O time
havia vencido o jogo de ida por 2 a 0 e saiu na frente
em Belo Horizonte antes de sofrer a virada e ser goleado
por 4 a 1. A situação já foi questionada
internamente, principalmente pelos nomes escolhidos. Elton
e Mattheus, nas 27 partidas sob seu comando este ano,
jogaram apenas 203 minutos com a camisa do clube.
Mattheus jogou apenas 20 minutos, na partida
anterior ao confronto com o Atlético-MG, quando
entrou no segundo tempo da vitória por 3 a 0 sobre
a Chapecoense, no Maracanã. Só foi acionado
já com o confronto decidido. Mesmo assim, Luxemburgo
decidiu utilizá-lo no Mineirão ao substituir
Everton, aos 23 minutos do segundo tempo. Até então
herói do Flamengo, o camisa 22 voltava ao time
depois de uma lesão muscular na coxa esquerda.
Elton já havia atuado em nove jogos,
mas apenas em um deles como titular. Foram 183 minutos
em campo antes de ser acionado contra o Atlético-MG
na quarta-feira. No jogo de ida, sequer saiu do banco
de reservas. O jogador ainda não conseguiu fazer
um gol com a camisa do clube. Nunca ficou mais do que
45 minutos em campo.
No banco, Luxemburgo contava com os zagueiros
Samir e Marcelo, os volantes Amaral e Muralha, o meia
Mugni e o atacante Igor Sartori, todos mais vezes utilizados
pelo treinador do que Mattheus. Depois de sair de campo
contra a Chapecoense com dores musculares, Gabriel também
estava à disposição, e o comandante
se justificou por não aproveitá-lo alegando
que o jogador não havia passado confiança.
Mas a cada chamado aos reservas, ele apontava para o próprio
peito como quem esperasse a convocação.
Dos jogadores relacionados para a partida
contra o Atlético-MG, apenas o zagueiro Frauches
e o goleiro Cesar ainda não foram utilizados nesta
temporada pelo treinador. Mattheus acabou sendo a opção
justificada pelos treinamentos realizados recentemente.
No entanto, antes de voltar a ser utilizado contra a Chapecoense,
o meia sequer entrava em campo desde o dia 20 de abril,
no empate em 0 a 0 com o Goiás, pela primeira rodada
do Campeonato Brasileiro.
- Eles têm uma grande equipe. Mania
do Brasil de ver defeito e não ver a qualidade.
Equipe equilibrada. Estão acostumados a jogar dessa
forma. O que faltou foi ter jogadores mais leves para
puxar um contragolpe de saída de bola. Isso é
em função do adversário - disse Luxemburgo,
logo depois da eliminação.
Ao recolher os cacos e começar a
pensar no ano que vem, o Flamengo volta a treinar na tarde
desta sexta-feira no Ninho do Urubu. O próximo
jogo é contra o Sport, domingo, em Recife, pelo
Campeonato Brasileiro.