O Flamengo conseguiu um passo muito importante
para chegar à segunda final de Copa do Brasil seguida.
Mais uma vez tendo o apoio da torcida no Maracanã
como trunfo, o Rubro-Negro foi eficiente, conseguiu superar
a eficiência de Victor e venceu o Atlético-MG
por 2 a 0, nesta quarta-feira, no jogo de ida da semifinal
da Copa do Brasil. Cáceres e Chicão foram
dois dos heróis da noite, mas dividem o protagonismo
com Gabriel, que participou das jogadas que originaram
os gols do Fla.
O jogo de volta é na próxima
quarta-feira, dia 5 de novembro, no Mineirão. O
Flamengo pode até perder por um gol de diferença
que estará na decisão. Só que nem
tudo está perdido para o Galo. Para quem tem memória
curta, também foi por 2 a 0 que o time mineiro
perdeu na ida contra o Corinthians e, mesmo assim, conseguiu
passar de fase.
PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo não teve gols. Culpa
de quem? Um tal de Victor, que desde 2013 virou santo
pelas bandas de Minas Gerais. Em jogo mata-mata, esse
rapaz cresce. Foram três intervenções
milagrosas na etapa inicial. A primeira delas logo com
pouco mais de um minuto de bola rolando, ao defender um
chute rasteiro de Eduardo da Silva. Depois disso, Everton
e Jemerson, que quase fez contra, constataram a ótima
forma do goleiro atleticano.
Victor trabalhou mais do que o "meio-xará"
Paulo Victor. Mas isso não quer dizer que o Flamengo
dominou o jogo amplamente. O time da casa só foi
mais agudo quando teve a bola no pé, especialmente
pelas laterais. O Galo, depois do susto inicial já
relatado, ficou mais com a bola (53% x 47% de posse),
teve a iniciativa do jogo, mas só levou perigo
mesmo na reta final do primeiro tempo, quando Tardelli
e Marcos Rocha inverteram papéis. O lateral aproveitou
o cruzamento do camisa 9 e quase acertou o ângulo.
PRESSÃO E GOLS
Na etapa final, depois de alguns minutos
nebulosos ofensivamente para ambos os times, o Flamengo,
já com Nixon no lugar de Eduardo da Silva, conseguiu
furar a barreira mineira. Foi com um toque de cabeça
de Cáceres, após balão de Gabriel
para a área, que a torcida rubro-negra explodiu
de alegria. Victor, dessa vez, ficou parado, pedindo falta
que não houve.
Levir Culpi então decidiu povoar
mais o setor ofensivo do Galo, sacando Pierre e botando
Marion. Luxemburgo fez o movimento inverso ao colocar
Luiz Antônio como substituto de Everton. A coragem
atleticana foi o que o Flamengo precisava para dar o golpe
de misericórdia. Em uma arrancada sensacional pela
esquerda, Gabriel - que já tinha sofrido a falta
que originou o primeiro gol e deu o cruzamento para Cáceres
-, bagunçou a zaga do Galo e só foi parado
quando Josué se jogou na frente dele. Pênalti,
claro. Chicão teve a tranquilidade para fazer 2
a 0 e levar a torcida às nuvens.
Além da eficiência ofensiva,
o Flamengo mostrou que está muito bem servido de
goleiro. Paulo Victor, que estava sem trabalhar, fez duas
defesas espetaculares durante um abafa atleticano e ajudou
a confirmar a vantagem rubro-negra para o jogo de volta.
Mais uma vez o Fla mostrou a força no Maracanã,
onde não perde pela Copa do Brasil há mais
de dez anos.