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Nixon assimila ensinamentos para vencer

O gol marcado na vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense e a boa atuação no segundo tempo do jogo contra o América-RN deram a Nixon a sobrevida que esperava no Flamengo. Com contrato para terminar no fim do ano, o jogador se divide entre ensinamentos do ex-jogador de basquete Michael Jordan e do técnico Vanderlei Luxemburgo, a quem chama de professor Luxa, para provar sua condição de estar no clube.

Domingo, contra o Atlético-PR, em Curitiba, Nixon é um dos candidatos a ocupa a vaga de Alecsandro. O titular da posição passou por uma cirurgia no rosto na quinta-feira e vai ficar 40 dias fora, o que não deve permitir a sua volta aos gramados ainda nesta temporada.

A dedicação de Nixon tem sido intensa para mostrar a Luxemburgo que pode colaborar. Com quatro gols em 18 jogos este ano, o atacante faz a sua melhor temporada pelo clube, aos 22 anos de idade. Religioso, usa a perseverança para melhorar seu rendimento em campo.

- Lembro bem no livro do Michael Jordan que ele ia treinar arremesso e já era bom naquilo. Para que faria se já era bom. Ele queria cada vez mais aperfeiçoar, independentemente de ter o dom - disse Nixon.
Lembro bem no livro do Michael Jordan que ele ia treinar arremesso e já era bom naquilo. Para que faria se já era bom. Ele queria cada vez mais aperfeiçoar, independentemente de ter o dom".
Nixon

O atacante usa a passagem do livro de Jordan para falar sobre a necessidade de o time querer mais no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Ainda que demonstre a consciência de que não se deve esquecer as limitações nem as dificuldades passadas durante a temporada, quando chegou a ocupar a lanterna do Brasileiro.

- Mesmo estando numa zona boa, tem que procurar evoluir. Se chegamos aqui, não tem que achar que passou. É dar o melhor sempre. Foi com luta, esforço, batalha, treinamento. A humildade precede a honra. É continuar com foco para que, consequentemente, as coisas aconteçam e os objetivos sejam concretizados - comentou o atacante.

Com Luxemburgo, Nixon vem aprendendo a crescer em campo. Durante o treinamento de sexta-feira, o jogador caiu em campo sentindo muitas dores depois de uma pancada. Um dos massagistas ameaçou correr para ajudá-lo, mas foi impedido pelo treinador. A atitude é comum com ele no comando. O jogador entendeu o recado. Levantou, mancando, e voltou para completar a atividade.

- Ele sempre diz que no esporte de alto rendimento temos que dar o nosso melhor. Nem sempre, haverá alguém para entrar no nosso lugar. Temos que aprender a jogar com dor, a superá-la. O professor Luxa sempre cita algo, coisas que faz não só dentro de campo, como fora. É pai, educador, avô. Já viveu muitas coisas no futebol e na vida. Por ser jovem, tenho que aprender com ele - disse Nixon.

Em alguns momentos, Luxemburgo também dá carinho e os jogadores procuram retribuir. Chamá-lo de Luxa, é uma delas. Mostra a proximidade da relação que tem sido vista em campo e dita por todos jogadores a cada oportunidade.

- É a forma de trabalhar junto e respeitar qualquer autoridade. É um educador instruindo. É carinho mesmo - afirmou o atacante.

Consciente da possibilidade de ser escalado como titular, Nixon garante estar preparado. Este ano, ele iniciou apenas sete jogos, precisou se recuperar de uma pequena lesão na coxa direita. Mas agora se sente em condições de plena de ser o escolhido de Luxemburgo.

- Preparado tenho que estar sempre. Meu contrato está no fim, pude ajudar em outros jogos, mas cada campeonato é diferente. Tem a parte do ser humano e a do atleta. O professor conta com a ajuda de todos e vai ser resolvido no momento certo - comentou Nixon.


Fonte: Globo Esporte


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