No Dia das Crianças, a tarde foi
de festa para rubro-negros de todas as idades no Rio de
Janeiro. Com uma vitória por 3 a 0, o Flamengo
despachou o líder Cruzeiro, pela 28ª rodada
do Brasileirão, abriu sete pontos de diferença
para zona da confusão e recompensou uma torcida
que tem sido fiel nos jogos no Maracanã. O jogo
com os mineiros foi o oitavo consecutivo com público
acima de 30 mil no estádio, e manteve os flamenguistas
na disputa pelo título simbólico de melhor
torcida da competição.
Com direito a "olé" e cantoria
durante os 90 minutos, os 36.645 pagantes da partida com
o Cruzeiro mantiveram o Flamengo na terceira colocação
na média de público no Brasileirão.
Os cariocas estão atrás de Corinthians e
São Paulo, seja em números absolutos ou
como mandante. Pesa contra os rubro-negros, porém,
um fator: a obrigação de mandar partidas
fora do Maracanã antes e depois da Copa do Mundo,
o que reduziu bastante a estatística.
No momento, o Flamengo é o terceiro
melhor mandante, com média de 27.727 torcedores
por jogo, atrás do Corinthians, com 29.328, e do
São Paulo, 28.277. Contando todas as partidas na
competição, o Rubro-Negro se mantém
no pódio, com 24.008 em disputa acirrada, mas os
são-paulinos ultrapassam os corintianos: 24.677
contra 24.128. Contando apenas o Maracanã, por
outro lado, o time carioca teria vantagem sobre os rivais:
média de 34.893, em dez partidas.
Das quatro vezes em que o Fla jogou fora
do Maracanã, apenas a primeira foi por vontade
própria: diante do Goiás, no Mané
Garrincha, em Brasília, pela primeira rodada, com
público de 19.012 pagantes. Já as partidas
com Bahia (Macaé), Figueirense (Morumbi) e Atlético-PR
(Macaé) aconteceram em campo alternativos porque
o Maracanã estava em poder da Fifa. Coincidentemente,
estes foram os jogos com menor presença de torcedores:
9.614, 4.577 e 6.034, respectivamente.
No retorno ao estádio, no clássico
com o Botafogo, o Flamengo ocupava a última colocação
na tabela e a diretoria reduziu o valor dos ingressos,
que passaram a ter valor cheio de R$ 40 atrás dos
gols e R$ 60 no setor Leste. Deu certo, e o 1 a 0 no clássico
foi visto por 43.412 pagantes.
Com este preço, o Rubro-Negro chegou
a bater o recorde da competição, com 51.858
na derrota para o Grêmio (a marca foi superada depois
por São Paulo x Cruzeiro e Cruzeiro x Inter), mas
acabou causando polêmica ao anunciar um reajuste
para o compromisso seguinte, com o Corinthians. Não
por acaso, este foi o jogo com menor público como
mandante depois da Copa: 32.400.
Diante da repercussão negativa do
aumento, o presidente Eduardo Bandeira de Mello anunciou
o retorno dos preços promocionais e garantiu que
o setor Norte será mantido até o fim do
Brasileirão por R$ 40 (integral). Com este valor,
o Fla empatou com o Flu, perdeu para o Santos e reencontrou
a vitória diante do Cruzeiro, em partida com ações
especiais pelo Dia das Crianças.
Tanto o consórcio que administra
o Maracanã quanto patrocinadores do Flamengo deram
atenção especial ao torcedor mirim que esteve
no estádio. Ações para entretenimento
se misturaram a homenagens, como o anúncio da escalação
rubro-negra com desenho animado e a presença de
jovens como locutores oficiais do estádio. No fim,
o programa de domingo foi divertido para flamenguistas
de todas as idades.
Com o 3 a 0, o Flamengo chegou aos 37 pontos,
na décima colocação, se afastando
mais da zona da confusão do Brasileirão.
Faltando dez rodadas para o fim do campeonato, porém,
os rubro-negros ainda têm, sim, pelo que lutar,
e o posto de torcida com maior média de público
segue em aberto.
Domingo, o compromisso é fora de
casa, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada,
enquanto o retorno ao Maracanã acontece no dia
22, diante do Internacional, pela 30ª rodada. Além
deste, o Rubro-Negro fará outros quatro jogos no
Rio de Janeiro até o fim da competição:
Chapecoense, Coritiba, Criciúma e Vitória.