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Jornalista dos EUA detona ginásio do Fla

A Arena da Barra está aprovada pelo segundo ano consecutivo do NBA Global Games no Rio de Janeiro, mas o ginásio do Flamengo foi alvo de duras críticas de um jornalista americano que veio cobrir o evento na cidade. Na sexta-feira, o repórter Joe Vardon, do "The Plain Dealer", de Ohio, escreveu uma matéria reprovando as condições de treino de Miami Heat e Cleveland Cavaliers nos dois dias de atividades no ginásio Hélio Maurício, na Gávea.

Joe afirma ter conversado com Dwyane Wade, astro do Heat, que relatou que o piso do ginásio era escorregadio e cheio de poeira, o que faria os jogadores caírem. O repórter citou ainda a falta de circulação de ar, as más condições de conservação, a falta de cadeiras e reclamou até da imprensa brasileira, que não teria colaborado, quando solicitada a sair do piso para a sua limpeza.

O GloboEsporte.com conversou com Joe antes do jogo deste sábado na Arena da Barra. O jornalista voltou a criticar as condições oferecidas aos jogadores.

- A NBA investe milhões em locais de treino nos Estados Unidos, as franquias também, e aqui os jogadores treinaram em um ginásio que não tem nenhuma dessas condições. O piso realmente é sujo, ruim, escorregadio e não está no mesmo nível do piso de jogo, como o da Arena da Barra, como deve ser - disse Joe, que pediu para não ser fotografado.

O time de basquete rubro-negro está participando da pré-temporada da NBA nos Estados Unidos - perdeu para o Phoenix Suns e ainda vai enfrentar Orlando Magic e Memphis Grizzlies. Diretamente de Orlando, o vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, rebateu o americano, apesar de admitir que o clube ainda tem muito a evoluir em relação à estrutura.

- O Flamengo tem a melhor relação com a NBA e não será uma declaração isolada de um jogador ou jornalista que vai abalar isso. Hoje, o Flamengo é campeão do mundo da Fiba, mas reconhece que precisa melhorar muito a sua estrutura ainda. A Arena é um sonho próximo e teremos uma casa à nossa altura. Mas temos certeza de uma coisa. Seremos sempre um anfitrião educado para todos que nos visitarem - afirmou Póvoa, referindo-se à arena multiuso que o Flamengo pretende construir em sua sede na Gávea, mas ainda depende da aprovação de órgãos como a Prefeitura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Joe Vardon também lembrou o caso de Paul George, do Indiana Pacers, que se contundiu gravemente ao se chocar com a proteção da tabela em um amistoso da seleção dos Estados Unidos. Segundo Joe, um caso não tem nada a ver com o outro, mas ilustra que um esporte que investe milhões em salários não pode correr o risco de perder seus valores por questões como essa.

- O Paul George se machucou por conta de um descuido. Não teve nada a ver com o piso, mas foi um descuido. O Flamengo tem um time de qualidade no basquete das Américas, mas o piso do ginásio mais lembra o de uma escola primária dos Estados Unidos, e uma escola sem grandes recursos - frisou.

Para ele, caso o NBA Global Games volte ao Brasil em 2015, não há necessidade da troca de local de treinos, mas sim a reforma ou correção do piso.

- Não vejo necessidade de saírem do Flamengo caso voltem em 2015, mas sim de uma mudança do piso. Isso eu vejo necessidade - finalizou.

Diretor da NBA no Brasil, Arnon de Mello garante não ter ouvido qualquer reclamação das franquias.

- Não li a matéria, nem tinha ouvido falar. Não soube de nada disso, pelo contrário. Só ouvi coisas boas sobre o ginásio - disse.


Fonte: Globo Esporte


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