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'SóFla' abandona discussão sobre estatuto

A noite de quinta-feira foi de muita discussão na sede do Flamengo, na Gávea. Os quatro grupos políticos que protocolaram propostas de reforma de estatuto sofreu racha com a saída do “SóFla”, que pertence à situação do clube. Esses grupos, desde o início deste semestre, estavam se reunindo semanalmente em uma Comissão de Estatuto do Conselho Deliberativo para encontrar consenso no texto e levar à votação.

Essa saída unilateral do “SóFla” irritou o presidente do Deliberativo, Delair Dumbrosck, que já tinha marcado para o próximo dia 28 a votação do novo estatuto do Flamengo. A intenção dele era a de promulgar o novo texto no aniversário do clube, em 15 de novembro. Dumbrosck estuda as estratégias que irá seguir para mudar o estatuto ainda neste ano, já que não será possível alterar em 2015 por ser ano eleitoral.

Uma das ideias, levantadas após a saída do “SóFla”, é levar para votação o texto que estiver em consenso entre os grupos que permaneceram na Comissão de Estatuto – “Pedra Rubi”, “Fênix” e “Acima de tudo rubro-negro”. Inicialmente, essa ideia foi aceita por esses grupos, mas ainda depende de aprovação de Delair. O texto ficaria pronto no dia 20.

Outra possibilidade é a da votação acontecer em ordem cronológica de protocolo no Deliberativo: “Fênix”, do conselheiro Francisco Gularte, “Pedra Rubi”, de Leonardo Ribeiro, “Conte comigo, Flamengo”, da situação, e “Acima de tudo rubro-negro”, de Lysias Itapicurú.

Bandeira de Mello e vice articularam a divisão

A saída do “SóFla” da Comissão de Estatuto aconteceu por pedido do presidente Eduardo Bandeira de Mello e do vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista, que pertencem ao grupo político da situação. Ao mesmo tempo, os membros deste lado político do Rubro-Negro protocolaram no Deliberativo um conjunto de emendas à parte, visando ser levado à votação antes da reforma dos demais três grupos, como tinha sido feito no início do ano com as emendas da Lei Pelé.

Além disso, um dos pontos que fizeram com que a situação tomasse essa decisão de sair da Comissão de Estatuto foi a criação de uma Comissão Permanente de Inquérito. Ela seria formada 18 meses após a eleição presidencial, e teria independência dos demais poderes do Flamengo.

A função da comissão seria analisar qualquer tipo de punição aos sócios e conselheiros. Com isso, o panorama atual deixaria de existir, que é cada poder ter as suas regras.


Fonte: Lancenet


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