Um herói com futuro indefinido no
Flamengo. Autor do gol da vitória sobre o Figueirense,
quarta-feira, no Orlando Scarpelli, e que colocou fim
a um jejum de cinco rodadas do Rubro-Negro sem triunfar
no Brasileirão, Nixon terá o contrato encerrado
no próximo dia 31 de dezembro. Aos 22 anos, o jovem
está livre para assinar pré-contrato e deixar
a Gávea de graça se quiser. Entretanto,
mantém a paciência e deixa o futuro nas mãos
do clube que o revelou. As conversas entre as partes já
tiveram início, mas um desfecho positivo depende
do que os flamenguistas projetam para carreira do atacante.
No Flamengo desde 2009, quando deixou a
Bahia e foi aprovado em teste nas categorias de base,
Nixon tem 55 jogos e nove gols entre os profissionais,
fazendo parte das campanhas dos títulos da Copa
do Brasil de 2013 e do Carioca deste ano. Desde que estreou
no time de cima, no fim de 2012, no entanto, nunca teve
sequência na equipe titular. E é em busca
de definições neste sentido que o empresário
Adolfo Costa tem conversado com o diretor executivo Felipe
Ximenes.
Há um consenso para que o jogador
não deixe a Gávea sem gerar frutos financeiros
para o caixa rubro-negro, mas a prioridade é que
Nixon assine um novo contrato, com duração
de três a cinco anos. Os termos de um possível
acordo são discutidos com um vasto leque de possibilidades
e não está descartado um empréstimo
por uma temporada para que o jovem se mantenha em atividade
e retorne ao Flamengo mais experiente.
- Estamos cautelosos com tudo. O Nixon é
jovem e temos uma consideração muito grande
pelo clube, pela maneira como o Felipe Ximenes tem tratado
tudo. Alguns clubes já nos procuraram, mas não
vamos assinar nenhum pré-contrato. Até para
que o Flamengo faça um bom negócio. Tudo
encaminha para um acordo. Se o Nixon tiver espaço
para jogar, vai ficar. Dos 22 aos 24 anos, ele vai ter
que se projetar. Hoje, ele é opção.
Queremos transformá-lo em um jogador principal
- explicou Adolfo Costa.
De olho em novas oportunidades com Vanderlei
Luxemburgo, Nixon se diz tranquilo quanto ao futuro e
deixa o caso nas mãos de seu agente. Depois de
quase dois meses fora dos gramados por conta de uma lesão
muscular, o atacante mudou a cara do Fla diante do Figueira
e só pensa em ser mais efetivo nos últimos
meses do ano.
- O contrato acaba, mas estou tranquilo
quanto a isso. Desde quando cheguei aqui, dei o meu melhor.
Quando vim para cá, lembro que falei para meu pai
colocar todas as minhas roupas na mala, porque tinha convicção
que seria aprovado e ficaria. Tenho que simplesmente fazer
minha parte, demonstrar o potencial que o clube viu em
mim e agradecer a confiança. Tenho pensado em ajudar
o grupo.
Depois de chorar muito ainda no gramado
do Orlando Scarpelli, Nixon reforçou a importância
do gol marcado diante do Figueira, que encerrou um jejum
de mais de seis meses sem balançar as redes - desde
os dois gols marcados no empate por 2 a 2 com o Bangu,
dia 16 de março, pelo Carioca.
- Foi um gol importante em um momento em
que o time estava lutando muito. Quando sofremos o empate,
o Figueirense veio para cima, a torcida incentivou, mas
o professor soube lidar com a situação.
Estou sempre apto para ajudar. Chorei muito no fim porque
tive uma lesão, não consegui estar em atividade,
mas sempre orei pelos meus companheiros. Senti que tinha
algo especial reservado e pude entrar bem e contribuir.
A partida contra o Figueirense foi a quarta
de Nixon sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. O atacante
tinha participado das vitórias sobre Atlético-MG,
Criciúma, e da derrota por 3 a 0 para o Coritiba,
pela Copa do Brasil, quando se lesionou.