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Luxemburgo explica mudanças no 2º tempo

A vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, em Florianópolis, na noite desta quarta-feira, saiu dos pés de um jogador que deixou o banco de reservas. Nixon entrou na reta final do jogo, no lugar de Eduardo da Silva, para salvar o Flamengo e aumentar a distância para a zona de rebaixamento, que será de no mínimo cinco pontos ao fim da rodada. O técnico Vanderlei Luxemburgo explicou as mudanças feitas no decorrer do segundo tempo em busca dos três pontos, o que valeu até uma premiação fora do cronograma aos jogadores.

Antes da entrada de Nixon, Luxemburgo já havia colocado em campo Muralha e Gabriel nos lugares de Luiz Antonio e Alecsandro. A preocupação era aumentar a velocidade depois do empate do Figueirense para encurralar o adversário, mesmo jogando fora de casa. O confronto ficou aberto, e o time acabou vencendo no último minuto.

– O Argel foi sábio e, no primeiro tempo, tirou o França, que jogava no Palmeiras, colocando dois jogadores em cima do Léo Moura, que estava passando muito. Perdemos o gol quando o Eduardo achou que estava impedido. Veio o jogo deles contra o Palmeiras na minha cabeça: "Caramba, será que eles vão virar?". Naquele jogo o Valdivia perdeu o gol, e o Figueirense fez três em oito minutos. Quando percebi, coloquei o Muralha para segurar o meio-campo e o Gabriel para dar velocidade. Coloquei três caras velozes: Nixon, Gabriel e Everton, além de fortalecer o meio-campo com jogadores que marcam e jogam. Deu certo, mas poderia dar errado – disse Luxemburgo.

Ainda em festa por conta do gol de Nixon, marcado já nos acréscimos, os jogadores rubro-negros foram surpreendidos por uma notícia dada pelo vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel: o clube pagará a premiação mesmo sem a meta de seis pontos ter sido alcançada nos últimos quatro jogos. O grupo recebeu a informação com muitos aplausos.

O objetivo foi traçado após a chegada de Vanderlei Luxemburgo, com o grupo se comprometendo a conquistar 50% de cada 12 pontos disputados. Nos dois primeiros blocos de quatro jogos, o Flamengo ultrapassou a marca e fez nove pontos (75%). No seguinte, porém, fez cinco: derrota para o Goiás, vitória sobre o Corinthians e empates com Palmeiras e Fluminense. A partir do 2 a 2 com o São Paulo, uma nova conta teve início e foi encerrada com quatro pontos em Florianópolis (teve ainda derrotas para Bahia e Santos). A boa atuação em Santa Catarina, no entanto, foi recompensada.

O Flamengo volta a jogar no domingo, às 16h, quando enfrenta o Cruzeiro, no Maracanã, iniciando uma nova série de quatro jogos. O time, agora, tem 34 pontos, na 11ª colocação.

Confira a íntegra da entrevista de Luxemburgo depois da vitória desta quarta-feira:

Volume

Foi uma coisa que cobrei. Contra o Santos, fizemos bastante jogada pela lateral, 26 no total, mas só o Alecsandro na área. Para fazer gol, é preciso chegar com mais gente na área. Hoje, chegamos mais, agredimos mais. O Canteros entrou, até o Marcelo entrou... Assim, você faz o adversário ter medo de tomar gol. Falam de segundo volante, como são Canteros e Márcio (Araújo), mas o Paulinho era artilheiro no Corinthians, o Elias aqui. O jogador pode entrar na área, não tem impedimento.

Dedicação

Estou satisfeito com a equipe. Discutimos isso internamente diversas vezes e estamos no caminho certo. Encontramos uma identidade. Vínhamos jogando bem. Tivemos alguns problemas, largamos pontos no finzinho contra Fluminense, São Paulo e Palmeiras, quando tínhamos a vantagem. Mas o meu pensamento não muda. Temos um jogo contra o Cruzeiro, e convoco o torcedor. Vamos jogar para sair da confusão no Brasileiro. Não vou mudar. Sou muito sincero e falo isso internamente. Nossa obrigação é sair da confusão. Se pintar alguma coisa boa, tudo bem. Falam que estou pensando pequeno, mas penso com os pés no chão. Imagina se crio a expectativa de G-4 lá atrás e agora estamos nesta situação? Os clubes podem ter um ano no problema, mas não quer dizer que é eterno. No próximo ano, vamos corrigir para aspirar uma situação melhor. Acontece. São 12 grandes clubes no Brasil, não dois como na Espanha.

Nixon

Até falei para o pessoal: "Rapaziada, sempre digo que quero ter o elenco à disposição". Usei o Nixon e o Muralha, que tinha utilizado poucas vezes. Precisava de velocidade no time, a zaga dele tinha jogador com amarelo e cansado. Falei para ele mexer de um lado para o outro, ter velocidade, e ele fez. O gol foi consequência.

Cruzeiro

Se conseguirmos levar essa disposição, respeitar sem temer o Cruzeiro e jogar com a força do Flamengo, com o apoio do torcedor, temos a chance de fazer um grande jogo também.

Premiação

Temos uma programação de pontuação a cada quatro jogos. Em alguns, direcionamos e falamos que são importantes, como foi contra o Corinthians. Desta vez, não fizemos isso, mas o Alexandre Wrobel (vice de futebol), reconhecendo a importância da entrega, deu uma premiação que não estava programada por conta da dedicação em campo. Até eu vou querer (risos).


Fonte: Globo Esporte


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