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Luxa volta a detonar juiz: "Picotou o jogo"

Não houve críticas ao trabalho do Flamengo em campo. Mesmo tendo engrenado uma série de cinco jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo preferiu dar méritos ao jovem Geuvânio, autor da jogada que resultou no gol de Robinho. Sobrou para a arbitragem do baiano Mariélson Alves Silva.

Vanderlei poupou João Paulo das críticas e reclamou das vaias ao jogador. Para ele, é preciso enaltecer as grandes jogadas e não procurar defeitos. O lateral foi a vítima de Geuvânio no início do lance do gol da vitória do Santos por 1 a 0, no Maracanã.

- Vou falar uma coisa. Tem que dar parabéns para a jogada que o Geuvânio fez. Temos a mania de achar defeito e não achar virtude. Jogada de craque. O João Paulo começou a ser vaiado por causa de uma jogada de craque. Meu time foi mais time do que o Santos nos 90 minutos. É lamentável sair com um resultado ruim jogando melhor a maior parte do tempo - comentou Luxemburgo.

No entanto, o treinador do Flamengo não teve a mesma paciência com a arbitragem. Durante todo o jogo, ele mostrou à beira do campo a sua irritação a cada marcação que considerava equivocada e criticou o comportamento dos jogadores do Santos, que a todo momento paravam a partida.

- Deve ter perdido no mínimo de 10 a 12 minutos sem jogo de futebol. O time do Santos procurou não jogar futebol. O Geuvânio é excelente, mas se o árbitro fosse rígido daria no mínimo um amarelo. O árbitro foi conivente, picotando o jogo para não dar ritmo e o torcedor não vir junto. Não foi direta, mas ajudou muito - afirmou.

Luxemburgo ainda lembrou a troca da arbitragem para o jogo. Inicialmente, o gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima comandaria o confronto, mas pediu dispensa, e um novo sorteio foi feito no dia 1º de outubro.

- Fomos jogar contra o Bahia, e o Alecsandro e o Cáceres não jogaram porque haviam tomado o terceiro cartão no jogo anterior em jogadas que não mereciam. Agora, veio apitar um baiano, com dois clubes baianos envolvidos na zona da confusão. A arbitragem foi equivocada e provocam uma situação de desconfiança. Um gaúcho que pediu dispensa apitaria esse jogo - disse.

Abaixo, veja os tópicos da entrevista.

CANSAÇO

- É muito pouco tempo de recuperação. Jogamos quarta-feira com viagem. Dois dias depois para jogar. Tem que sentir um pouco. O time correu, lutou. Com a vantagem, fica mais confortável jogar. Mas gostei da equipe, que foi competitiva. Meu time foi elogiado quarta pela preparação física. Não são máquinas. Estão falando hoje o que falei lá atrás, que entraríamos em uma zona contra as melhores equipes, com jogos seguidos e viagens. Não vi cair de produção.

ZONA DA CONFUSÃO

- O campeonato do Flamengo é diferente. Hoje é clássico. Como foi o jogo, saio triste pelas coisas que aconteceram, não pelo que o time jogou. Pela maneira como foi conduzido. O quarto árbitro passou perto de mim e eu disse algumas vezes que o Geuvânio e o Dracena estavam apitando o jogo. Ele fingiu que avisou no fim do jogo e me deu um esporro para todo mundo ver. Estamos brigando na zona da confusão e vamos continuar.

CÁCERES

- Saiu com uma dor no adutor. Já tem um problema, até cirurgia ali. É guerreiro. Vai fazer tratamento para ver como fica.

DISCUSSÃO SOBRE ARBITRAGEM

- Vi a qualidade igual e o jogo ser decidido pelo lance genial. O Brasil todo discute arbitragem. A qualidade está aí para todo mundo ver. Contra o São Paulo foi assim. Contra o Fluminense, empurraram um jogador antes da falta, e um lance igual aconteceu agora em Corinthians x Atlético-MG. Não é o Luxemburgo que está discutindo a arbitragem. Mesmo sem conseguir a vitória, o time está mostrando capacidade.

ERRO DO JOÃO PAULO

- No Brasil, estamos acostumados a ver erros e não virtudes. Gostaria de ver mais lances como esse no futebol. O João Paulo foi driblado como qualquer outro poderia ter sido. Deveríamos enaltecer, mas em vez disso ficamos procurando os defeitos. Tem que dar parabéns para a jogada que o Geuvânio fez. Jogada de craque. João Paulo começou a ser vaiado por causa de uma jogada de craque.

ARBITRAGEM DECISIVA

- Meu time foi mais time do que o Santos nos 90 minutos. É lamentável sair com um resultado ruim jogando melhor a maior parte do tempo. Deve ter perdido no mínimo de 10 a 12 minutos sem jogo de futebol. O time do Santos procurou não jogar futebol. Geuvânio esteve excelente, mas se o árbitro fosse rígido daria no mínimo um amarelo. Árbitro conivente, picotando o jogo para não dar ritmo e o torcedor não vir junto. Não foi direta, mas ajudou muito.

FIGUEIRENSE E CRUZEIRO

- Não posso pensar assim. O campeonato não termina nos dois jogos. Tem mais 12. Tenho que pensar que tenho 36 pontos a disputar e temos que somar um determinado número. Se terminasse contra o Santos, o Wallace teria jogado mesmo com desconforto e não jogou.

QUEDA NA TABELA

- Campeonato Brasileiro é assim. Difícil. O Flamengo está jogando a competição como deve dentro das nossas necessidades. Temos vantagem em relação à zona da confusão. Não quero passar uma ilusão diferente. Tem que encarar de frente. A competição é essa. Ano que vem, replaneja. Não é demérito nem vergonha. Tenho passado para todos. O torcedor abraçou o time porque entendeu que não é para chegar na Libertadores, que é diferente. Ganhamos cinco jogos lá atrás e pedi calma. Tudo que está acontecendo foi programado.

500 JOGOS DE LÉO MOURA

- Queria que fosse com vitória. Quinhentos jogos hoje em dia, com mudanças constantes, com tantas conquistas, é muito mérito. Dou os parabéns a ele.


Fonte: Globo Esporte


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