Três dias depois de causar estragos
na defesa do Botafogo, em jogo válido pela Copa
do Brasil, Robinho voltou a ser protagonista no Maracanã.
Desta vez, o camisa 7 estragou a festa de Léo Moura,
que completou 500 jogos com a camisa rubro-negra neste
sábado. Com o gol do atacante, o Santos bateu o
Flamengo por 1 a 0 e voltou a rondar a zona da tabela
próxima ao G4, atingindo 39 pontos.
O Rubro-Negro, por sua vez, acumula um triunfo
apenas nos últimos seis jogos disputados no Brasileirão
e volta a se aproximar da zona de rebaixamento, permanecendo
com 31 pontos.
Apesar de ter tido mais posse de bola, o
Flamengo abusou do jogo aéreo e não foi
efetivo no passe final. O Peixe, por sua vez, definiu
o resultado praticamente na melhor oportunidade que teve,
ainda no primeiro tempo.
Na próxima rodada, a equipe de Vanderlei
Luxemburgo irá até Florianópolis
para pegar o Figueirense, na quarta-feira. Já os
comandados por Enderson Moreira receberão o Bahia,
quinta-feira, na Vila Belmiro.
PENETRA DA BAIXADA SANTISTA
Em dia de comemoração pelos
500 jogos, Léo Moura não seria apenas um
mero espectador da festa preparada pelo Flamengo e pela
torcida. A dinâmica de jogo proposta pela equipe
de Vanderlei Luxemburgo exigia que os laterais, tanto
o camisa 2 quanto João Paulo, fossem opções
à frente para tabelar com Everton, aberto pela
esquerda, e Gabriel, do lado oposto.
O Rubro-Negro verticalizou o jogo, apostando
na velocidade dos dois atacantes à procura de Alecsandro
dentro da área. Enquanto isso, o Santos apenas
acompanhava, tentava fechar os espaços e esperava
por um erro do adversário para armar o contra-ataque.
Em jogo marcado por poucas chances de gols
até então, Robinho resolveu ser penetra
nas festividades pela marca história de Léo
Moura. O camisa 7, que já havia marcado dois gols
no Maraca na quarta-feira contra o Botafogo, ampliou o
retrospecto individual no estádio.
Depois de tanto insistir em lances pelo
lado esquerdo, ele viu uma possibilidade de trocar de
lado quando Geuvânio recebeu na direita, deu um
drible desmoralizante em João Paulo e cruzou para
trás. Com um chute de primeira, rasteiro e preciso,
Robinho fez 1 a 0 aos 23 minutos.
A vantagem do Peixe fez o Rubro-Negro acelerar
a troca de passes no meio. Fato que, porém, aumentou
o número de erros, proporcionando contragolpes
a favor da equipe de Enderson Moreira.
Às costas de Léo Moura e,
principalmente, de João Paulo, o Santos encontrava
a melhor maneira para tentar ampliar o placar. Sem Lucas
Lima, suspenso, para organizar o jogo pelo meio, Geuvânio,
como um ponta, tornava-se a referência e válvula
de escape santista.
Apesar da insistência pelos lados,
o Santos não conseguiu fazer o segundo gol até
o fim do primeiro tempo diante de um Flamengo que teve
maior posse de bola (60% x 40%) e abusou dos cruzamentos
sem direção para a área.
SEM PODER DE REAÇÃO
Com atraso de mais de dez minutos causado
pelo Santos, os times voltaram do intervalo sem alterações
e com uniformes diferentes. Com os tradicionais shorts
e camisas brancos, o Peixe manteve a postura adotada na
etapa inicial e atraía o Flamengo até o
campo de defesa para roubar a bola e sair no contra-ataque.
O Rubro-Negro, com calções pretos, insistia
nas jogadas de lado de campo e no jogo aéreo.
Em uma das tentativas de liquidar o jogo
para o Santos, Geuvânio, aos 14 minutos, tentou
ludibriar o árbitro Marielson Alves da Silva, simulando
um pênalti. Após uma péssima encenação,
o atacante se atirou dentro da área, mas não
foi advertido com o cartão amarelo.
Apesar de ter mais a bola, o Rubro-Negro
não ameaçava a meta de Vladimir. Vanderlei
Luxemburgo, então, recorreu ao banco e mandou Luiz
Antonio e Eduardo da Silva a campo. Substituição
esta que recorrentemente é usada pelo treinador
no segundo tempo dos jogos.
Somente aos 26 minutos, de fato, o Flamengo
conseguiu as duas primeiras oportunidades para empatar.
Na primeira, Chicão em cobrança de falta
da intermediária, exigindo boa defesa do goleiro
do Peixe. Na sequência do lance, a bola sobrou para
João Paulo, que quase um acertou um chutaço
no ângulo direito de Vladimir.
Com o jogo sob controle, o Santos procurou
impedir com que o Flamengo tivesse velocidade na saída
de bola e se atentava para os cruzamentos.
O Santos, nos acréscimos, teve a
chance de cravar 2 a 0 após chute de Patito Rodriguez.
No fim, porém, prevaleceu a vantagem construída
no primeiro tempo.