Embora o histórico de confrontos
mostre ampla vantagem para o Flamengo (são 14 vitórias
a mais), em 2014 o Tricolor virou uma pedra no sapato.
Foram duas derrotas, o fim da invencibilidade e a queda
de um técnico. Um estrago que o técnico
Vanderlei Luxemburgo tenta evitar que se transforme em
trauma.
— Eu também estava aqui quando
o time não fazia gol fora de casa e passou a fazer.
Não ganhava fora e passou a ganhar. Não
virava uma partida e virou. Vai ganhar do Fluminense.
Em algum momento vai. Mas é um clássico
difícil. Eles têm um excelente time —
afirmou.
No primeiro duelo do ano, em fevereiro,
o Tricolor ignorou a invencibilidade rubro-negra e impôs
um 3 a 0 às vésperas da estreia na Libertadores.
No Brasileiro, novo confronto. A derrota por 2 a 0 em
maio teve impacto maior: custou ao técnico Jayme
de Almeida o emprego, em episódio que abriu uma
crise na Gávea só contornada após
a chegada de Luxemburgo.
— Clássico é motivação.
Eles buscam o espaço deles na parte de cima e a
gente busca sair da confusão. A derrota deles (para
o Vitória, na quarta-feira) não traz nada
para esse jogo — comentou o técnico.
O treinador, ironicamente, por muito pouco
também não foi vítima de um Fla-Flu.
Mas do lado oposto. No ano passado, ele foi demitido das
Laranjeiras apenas uma semana depois da derrota para o
Flamengo por 1 a 0.
— O que passou fica no passado. Já
ficou para trás. Agora é saber que é
um clássico complicado. Espero que o Flamengo consiga
uma grande vitória.
A sina de derrotas do Flamengo para o rival
ainda vai além do profissional. Nas divisões
de base, o ano foi marcado por goleadas inusitadas do
Tricolor. No Estadual sub-15, um imponente 13 a 0. Nos
juniores, a surra foi menor, mas ainda assim incômoda:
7 a 0. Já o juvenil perdeu por 5 a 0. Detalhe:
no campo da Gávea. O jogo de amanhã será
a derradeira e última chance de evitar que o Fla-Flu
seja lembrado como um fantasma de 2014.