Se as partidas duram 90 minutos, são
os 45 finais que mais têm tirado o sono dos rubro-negros
nas últimas rodadas. A exemplo do que ocorreu contra
o Palmeiras, na quarta-feira, o time tem entregado o ouro
para os adversários no segundo tempo e desperdiçado
pontos preciosos. Evitar que isso ocorra de novo contra
o Fluminense, domingo, será a maior das preocupações
do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Nas últimas quatro rodadas, o Flamengo
deixou de ganhar oito pontos em 12 disputados. Todos por
cochilos na etapa final. Contra o Grêmio, no último
dia 6, por exemplo, o gol da derrota veio já nos
acréscimos.
— Tomar gol sempre preocupa, independentemente
se é no primeiro minuto ou se é no último.
Nós já tomamos nos acréscimos e já
tomamos no começo do jogo. É lógico
que a gente tem que trabalhar. Mas se a gente toma o gol
não é só o Paulo Victor e não
é só a zaga. É o time todo. É
o ataque, é a jogada que começa lá
na frente e que a gente tem que dar uma pressionada...
— teoriza Alecsandro, que por pouco não sentiu
o gosto oposto, o de fazer o gol da vitória no
fim da partida contra o Palmeiras, quando acertou a trave.
As derrapadas no segundo tempo se tornaram
frequentes nos últimos jogos, mas isso já
havia acontecido antes. Contra o Atlético-PR, pela
10ª rodada, em julho, a virada do adversário
veio após o intervalo. Contra o Bahia, pela 6ª
rodada, em maio, o baque foi ainda mais frustrante: o
gol de empate de Anderson Talisca saiu aos 46 minutos.
Este, aliás, parece ser um tempo
cabalístico para o Flamengo. Além do empate
para o Bahia, a derrota deste mês para o Grêmio
e o segundo gol do São Paulo no Maracanã,
pela 5ª rodada, em maio, também ocorreram
aos 46 da última etapa. A torcida rubro-negra já
aprendeu que, antes do apito final, tudo pode acontecer.
— No futebol nós já
vimos de tudo. Você tem que jogar ligado os 90 minutos
— concorda Alecsandro.