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ABERTURA - O IMBATÍBEL TRICAMPEÃO DA AMÉRICA


Já consolidado como um dos mais fortes e mais temidos clubes do continente, o Flamengo entrou na Copa Libertadores de 2022 com o objetivo de conquistar o título que escapara na decisão do ano anterior contra o Palmeiras. E alcançou este objetivo com o brilhantismo característico do maior clube do futebol sul-americano. Uma campanha invicta, com incríveis 12 vitórias em 13 jogos. A melhor da história da competição no formato atual. Assim o Mengão entrou para a história com o Tricampeonato da América: imbatível! Neste especial você saberá tudo sobre a conquista do Mengão, a começar pelo caminho trilhado pelo Rubro-Negro até chegar a glória máxima na competição.

O Flamengo entrou nesta Libertadores como um dos favoritos, após o vice-campeonato no ano anterior e o título em 2019, que o credenciaram como uma das potências do continente. Mas outros clubes também eram apontados como fortes candidatos ao título da América, como o então bicampeão Palmeiras, Atlético-MG, River Plate e Boca Juniors. Um sorteio na sede da Conmebol determinou que o Mengão enfrentaria Sporting Cristal, Universidad Católica-CHI e Talleres na fase de grupos. Aparentemente não seria um grupo tão difícil para conseguir uma das duas vagas nas oitavas-de-final, mas todo cuidado era pouco para o time comandado pelo técnico Paulo Sousa não repetir os fracassos de edições anteriores em que ficou pelo caminho nesta fase.

  O adversário na estreia foi o Sporting Cristal, em Lima. Um jogo que quase foi cancelado, devido aos protestos que aconteciam na capital do Peru. No final a decisão foi de manter a partida, mas sem público no estádio. Com um time ainda em dificuldades para se adaptar ao esquema de jogo do técnico português, o Flamengo não conseguiu impor seu favoritismo com a tranquilidade esperada. Fez 1 a 0 na metade do 1º tempo, gol de Bruno Henrique. Mas sofreu para manter a vantagem no placar até conseguir
ampliá-lo apenas no final do jogo, com Matheuzinho após belo passe de Lázaro. Resultado esperado, apesar do futebol abaixo.

Na segunda rodada tivemos a estreia do Maracanã lotado, que seria peça chave durante toda a campanha. O adversário foi o Talleres, um dos candidatos a brigar pela classificação. O Mengão abriu o placar logo no começo do jogo, após Gabigol cobrar com perfeição o pênalti sofrido por Arrascaeta. E o segundo gol veio logo na metade do 1º tempo, em bela finalização de Éverton Ribeiro da entrada da área, após assistência de Bruno Henrique. Apesar do amplo domínio rubro-negro, o Talleres ainda diminuiu no final da primeira etapa, com Feróli. Mas o gol não abalou o Mengão, que seguiu com o controle do jogo no 2º tempo, chegando aos 3 a 1 com mais um gol do maestro Éverton Ribeiro. Segunda vitória garantida e a vaga nas oitavas-de-final ia se encaminhando.

Contra a Universidad Católica, em Santiago, pela terceira rodada, o Flamengo tinha a oportunidade de se consolidar na liderança do grupo e ficar bem próximo de já garantir a classificação para as oitavas. E mais uma vez o Mengão começou o jogo com tudo, marcando o 1º gol com o artilheiro Gabigol, em mais uma bela assistência de Bruno Henrique. Mas pouco tempo depois a defesa rubro-negra falhou, e após jogada da Católica dentro da área Isla acabou marcando um gol contra, empatando o jogo. Mas a dupla de ataque do Bi da América estava inspirada, e mais uma vez Bruno Henrique deixou Gabigol em condições de marcar o segundo gol, já sem goleiro. No 2º tempo a Católica voltou melhor, criando algumas chances de empatar. Mas foi o Flamengo que fez o terceiro, um golaço do garoto Lázaro. A Universidad ainda diminuiu nos acréscimos, em mais um gol contra. Mas a vitória por 3 a 2 estava assegurada.

O Flamengo foi para a quarta rodada contra o Talleres em Córdoba precisando apenas de uma vitória simples para garantir a classificação. Mas o desempenho do time vinha caindo a cada jogo com o técnico Paulo Sousa, e com isso os argentinos partiram para cima e abriram o placar na reta final do 1º tempo, em um gol contra bizarro de Arão. O Flamengo buscou o empate logo no começo do 2º tempo com Arrascaeta, mas o Talleres seguiu melhor e fez o segundo logo em seguida. O Mengão ainda buscou o empate com gol de Pedro, mas ficou apenas no 2 a 2, desperdiçando a chance de garantir a classificação antecipada.  

Mas as duas últimas rodadas seriam no Maracanã, onde o Flamengo vinha sendo praticamente imbatível nas últimas edições de Libertadores. E as vitórias vieram como esperado: 3 a 0 na Universidad Católica e um criticado 2 a 1 contra o fraco Sporting Cristal. Numa atuação fraca que se acumulou com o fracasso na decisão do Carioca e o começo ruim no Campeonato Brasileiro, culminando com a demissão do técnico Paulo Sousa. Para o seu lugar foi contratado Dorival Júnior, que assumia um time que sobrou na fase de grupos da Libertadores, mas com um desempenho que preocupava o torcedor para as fases decisivas da competição.

  O adversário nas oitavas-de-final seria o Deportes Tolima, que chegou a derrotar o favorito Atlético-MG na fase anterior. O jogo de ida na Colômbia se desenhava muito difícil, mas foi ficando menos complicado logo aos 17 minutos do 1º tempo, quando Andeas Pereira acertou um belo chute da intermediária e abriu o placar, marcando um golaço no seu jogo de despedida no Flamengo. Após o gol o jogo seguiu equilibrado, mas o Mengão soube administrar a vantagem de 1 a 0 sem tantos problemas até o final do jogo, levando um importante resultado para o Rio de Janeiro. Mas todo cuidado era pouco, nada estava decidido.

No jogo de volta no Maracanã, o Flamengo poderia até mesmo empatar o jogo contra o Tolima para garantir a vaga nas quartas-de-final. Mas o Mengão não tomou conhecimento do adversário colombiano, impondo uma goleada história de 7 a 1. Com destaque para os quatro gols do centroavante Pedro, que começava a trilhar seu caminho rumo à artilharia da competição. Ainda marcaram para o Rubro-Negro Gabigol, Matheus França e Quiñones contra. Pela primeira vez o time agora comandado por Dorival Júnior mostrava a sua força, se colocando ainda mais como um dos grandes favoritos ao título mais cobiçado do continente.  

  O Flamengo agora teria que encarar um clássico contra o Corinthians nas quartas-de-final, após os paulistas eliminarem o Boca Juniors nos pênaltis na fase anterior, após dois empates por 0 a 0. No jogo de ida, em São Paulo, o Mengão conseguiu impor sua maior qualidade ao longo de praticamente toda a partida, abrindo o placar aos 36 minutos do 1º tempo, em belo chute de Arrascaeta. E ampliou para 2 a 0 no começo do 2º tempo, com o sempre decisivo Gabigol. Anda teve mais chances para ampliar o placar, mas no final o resultado já deixava o time rubro-negro muito perto de garantir seu lugar na semifinal da Libertadores.

Com a boa vantagem construída fora de casa, o Mengão fez um 1º tempo no jogo de volta no Maracanã sem se esforçar tanto, administrando o jogo ao seu feitio. O Corinthians tentava criar as oportunidades de gol que precisava para ficar vivo no confronto, mas esbarrava na boa marcação do Flamengo. No começo do 2º tempo o Mengão conseguiu abrir o placar, em cruzamento de Arrascaeta para o gol de Pedro. Ali a classificação para a semifinal praticamente se consolidava. O 1 a 0 persistiu até o final do jogo, com o time rubro-negro mostrando mais uma vez a sua força ao vencer os dois jogos contra um grande rival.  

  O adversário na semifinal seria o Vélez Sarsfield, uma das surpresas da competição, que eliminou o favorito River Plate nas oitavas-de-final. O jogo de ida em Buenos Aires foi sem dúvidas a melhor partida do Flamengo nesta Libertadores. Um verdadeiro espetáculo do time de Dorival Júnior, dominando o adversário do começo ao fim com um futebol envolvente. Construiu uma sonora goleada por 4 a 0, com dois gols em cada tempo. O primeiro com Pedro, dando leve desvio após cruzamento de Éverton Ribeiro. O segundo do próprio Éverton, desviando bola levantada por Gabigol. E o terceiro e o quarto com a categoria do artilheiro Pedro.

Na partida de volta, no Maracanã, o Flamengo foi para o jogo sabendo que a vaga na final já estava praticamente garantida. E isso fez mal ao time no 1º tempo, quando deixou o Vélez gostar do jogo até marcar o 1º gol com Lucas Pratto. Mas o gol despertou o Mengão, que enfim encarou o jogo com a seriedade necessária, chegando ao empate no final da primeira etapa, com mais um gol de Pedro, em bela cabeçada. No 2º tempo o Flamengo teve o controle das ações, e chegou ao gol da virada em belo chute de Marinho da entrada da área. Mais uma vitória e pelo segundo ano consecutivo o Mais Querido estava na decisão da Copa Libertadores.  

  A final seria mais uma vez em jogo único em campo neutro. Desta vez no estádio Monumental de Guaiaquil, no Equador. O adversário na decisão seria mais uma surpresa da competição, o Athletico-PR, que eliminara o favorito e atual bicampeão Palmeiras na semifinal. Muitos apontavam um grande favoritismo do Flamengo, mas não foi isso que se viu em campo em grande parte do 1º tempo. O Athletico soube anular as principais jogadas do time de Dorival Júnior e impor o seu jogo. Assim criou algumas chances de gol que levaram perigo ao gol de Santos. Mas aos poucos o Mengão foi se tranquilizando e conseguido equilibrar a partida.

Após o Flamengo criar algumas oportunidades de gols, mas sem tanto perigo, no final do 1º tempo ocorreram os dois lances cruciais que decidiriam o jogo. Primeiro com a expulsão do zagueiro Pedro Henrique do
Athletico-PR, que recebeu o 2º cartão amarelo após fazer falta violenta em Ayrton Lucas. E logo depois saiu o gol do Flamengo que definiria a grande decisão. Aos 49 minutos o predestinado Gabigol aproveitou cruzamento perfeito de Éverton Ribeiro para empurrar a bola pro fundo da rede. Assim o Mengão saia na frente e levaria para a etapa final a vantagem no placar e também de ter um jogador a mais em campo.
 

  No 2º tempo o Flamengo teve algumas oportunidades de ampliar o placar, a melhor delas em lance em que Gabigol entrou livre na área e parou no goleiro Bento. Mas o jogo seguia tenso com apenas 1 a 0 no placar, mesmo com um Athletico que não parecia ter forças para reagir. Mas ainda teve uma ótima oportunidade no final do jogo, em boa cobrança de falta de Terrans que parou em linda defesa de Santos, sem dar rebote. O apito final do árbitro foi um alívio para a Nação Rubro-Negra, que enfim pôde comemorar mais um título da América, o terceiro da história do Mengão. Mais uma vez a Copa Libertadores é nossa!

 

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