A mudança do eixo
Olá, meu nome é Rafael Barbosa,
sou carioca, tenho 34 anos. Não sou sócio
do Flamengo, ainda, e sou membro da fla manguaça
há 11 anos. Sou gerente de Hotel aqui no Rio, bacharel
em hotelaria. Apaixonado pelo Flamengo e pela Mangueira.
Faz algum tempo que tenho ouvido por aí
certas críticas sobre o trabalho do Paulo Pelaipe,
críticas que já falam da contratação
de atletas, do relacionamento com empresários,
das mudanças feitas do departamento de futebol
e até da possível ajuda que ele vem dando
ao Grêmio.
Vamos pensar juntos em duas coisas: primeiro
na situação do clube anterior à entrada
da chapa azul e tudo o que a torcida achava que tinha
de acontecer. Não queriam que houvesse uma mudança
completa de filosofia, gestão e de pessoas? No
meu ponto de vista essas mudanças vêm acontecendo,
inclusive, uma das mais significativas foi a saída
do nosso artilheiro do amor, que apesar de ter enorme
identificação com a nação,
não vinha jogando nada, estava fora de forma visivelmente
e era um péssimo custo benefício. A saída
dele deu um recado alto e sonoro para o futebol do mais
querido: ninguém é insubstituível
então ou joga ou sai. Simples e direto, e em segundo
tem se que entender que quando um executivo assume determinada
função ele dentro da diretiva dada pelos
superiores vai modelando as coisas do seu jeito. O Pelaipe
tem os seus de confiança, tem outros contatos e
outra filosofia. Ele era o ponto que faltava na chapa
azul, uma raposa do futebol, um boleiro com muitos calos
nas mãos, esperto, duro e firme. Talvez esta seja
uma união que dará muito certo, pois unirá
a gestão profissional com a “malandragem
do futebol”.
Dizer que o nome do Grêmio está
pairando nas contratações do Flamengo é
algo mais que normal. Quando se colocou um profissional
de outra praça, foi feita uma mudança de
eixo. O Flamengo hoje me dia inseriu outros nomes às
suas negociações, saiu daquela mesmice de
Uram e Leo Rabelo. Ficando então fácil de
entender que agora outros clubes estejam dentro das negociações,
afinal, todos os clubes possuem alguns empresários
que sempre fazem contratos e negociações.
Dentro do possível tudo está
se caminhando bem, afina, se tratando do mais querido
tudo é notícia e tudo vira crise, até
mesmo uma simples mudança de hábitos.
Por Rafael Barbosa, bacharel em
hotelaria