O Melhor Time de Todos os Tempos da Última
Semana
A analogia do título desta coluna
com a música do Titãs cabe como uma luva.
A imprensa na sua sagacidade de buscar a informação
e em busca das grandes matérias às vezes
extrapola nos elogios. E isto serve para músicas,
bandas e até times de futebol.
Passadas 4 rodadas do Brasileirão
e quem diria que o Cruzeiro estaria entre os 4 times da
zona de rebaixamento? A ironia disto tudo é que
o time celeste mineiro era apontado como o grande time
brasileiro na Libertadores e que disparado apresentava
o melhor futebol. Bastou uma eliminação
inexplicável para o Once Caldas para começar
o inferno astral.
Outro exemplo fica por conta do Coritiba.
O segundo “Barcelona das Américas”
jogava por música. A maior série de vitórias
do futebol nacional (da história) e uma goleada
acachapante de 6x0 no Palmeiras. O título da Copa
do Brasil era barbada. Era? Eis que veio um trem bala
e passou por cima e hoje ocupa a honrosa 16ª posição
no Brasileirão.
Falando em trem bala o time da Colina é
outro exemplo. Só que do caminho contrário.
Era piada no início do ano com uma campanha na
Taça Guanabara que beirava o ridículo. Demitiu
treinador, contratou jogadores e mudou completamente.
De piada a campeão em tão pouco tempo. Já
está com a cabeça na Libertadores do ano
que vem.
Estes exemplos que levantei são só
pra mostrar que o planejamento no futebol brasileiro deve
ter uma importância relativa. É importante,
mas num futebol tão nivelado como o nosso não
é o primordial. Planejamento por planejamento,
quem deveria ter ganhado a Copa do Brasil: Flamengo ou
Vasco?
Isto posto também cabe uma crítica
a imprensa e seus indevidos endeusamentos. Afinal para
um meio que deve primar pela imparcialidade e análise
crítica, apontar como provável campeão
brasileiro somente um time ou dois é desconhecimento
das características do campeonato (equilíbrio)
ou mero achismo. Não é possível apontar
o campeão hoje, mas somente indicar o melhor time
do atual momento. E o melhor time do momento está
mudando frequentemente.
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação