Taça Guanabara x Taça Rio
A última rodada da Taça Rio
reservou diversas emoções e o Flamengo se
mostrou mais uma vez incompetente. Empatou com um time
pequeno que estava sem qualquer ambição
no campeonato e deu de bandeja o primeiro lugar do grupo
ao Vasco. Quanta diferença da Taça Guanabara?
Levando em consideração somente
os jogos do grupo na Taça Guanabara, o Flamengo
teve um aproveitamento de 100%, conquistando 7 vitórias
nos 7 jogos disputados, incluindo a vitória no
clássico sobre o Vasco. Já ao final da Taça
Rio, o Flamengo teve uma queda vertiginosa no seu aproveitamento:
66%. Foram 4 vitórias e 4 empates nos 8 jogos disputados.
Um empate num clássico contra o Fluminense é
aceitável, mas empates contra Madureira, Macaé
e até o rebaixado Cabofriense são duros
de aturar.
Além da questão do aproveitamento,
outro ponto que chamou a atenção foram as
estatísticas de gols pró e gols contra.
Olhando primeiro para o ataque, o time teve uma média
de 2 gols por partida (14 gols em sete jogos) no primeiro
turno e atingiu a marca de 1,85 gols por partida (13 gols
em oito jogos) no segundo. Já com relação
a defesa, as médias são de 0,57 (4 gols
em 7 jogos) e 0,85 (7 gols em 8 jogos) gols sofridos no
primeiro e segundo turno, respectivamente. Demonstrando
que o ataque segue com problemas e a defesa, que parecia
estar se acertando, teve uma queda de rendimento.
Os números estão aí
para ilustrar que as críticas continuam pertinentes,
mas vários motivos e teorias podem ser criados
para justificar esta queda de rendimento de um turno para
o outro. Ressaca de carnaval? Desmotivação
por já ter conquistado o turno? Virou vidraça?
Diminuição da "Ronaldinhomania"?
Difícil apontar um único motivo exceto os
técnicos que todos já batem na mesma tecla.
Faltam o 6 e o 9. Para o Carioca está dando pro
gasto, mas será que para a Copa do Brasil e Brasileirão
também funcionará? O bonde segue sem freio,
mas está precisando de oleozinho no motor.
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação