Análise da temporada em números
Na coluna desta semana vou fazer uma análise
do início de temporada do Flamengo de uma forma
diferente. Vou deixar de lado a opinião sobre a
tática e a técnica do time e levar em consideração
a frieza dos números. Usando a matemática
e a estatística para fazer comparações
e apontar as fraquezas e virtudes do time comandado por
Luxemburgo.
Para efeitos de comparação
utilizei as duas últimas temporadas em que tivemos
características similares com a deste ano, como
a manutenção de um técnico entre
temporadas (como o Andrade que permeneceu de 2009 para
2010) e a disputa da Copa do Brasil em paralelo com o
Campeonato Carioca (como na temporada 2009).
O quadro acima ilustra que o começo
impressionante de vitórias na temporada já
foi bastante afetado pelos empates da Taça Rio.
Chama a atenção a invencilidade, mas as
vitórias apresentam um percentual idêntico
ao time de Andrade na temporada passada. Vale lembrar
que o time jogava a Libertadores em 2010, sendo uma das
derrotas creditadas ao bom time da Universidad do Chile.
O quadro dos gols acima escancara uma das
principais carências do time atual. Falta o artilheiro.
O camisa 9. O time atual possui a pior média de
gols dos três anos analisados. Além disso,
os artilheiros de 2011, Ronaldinho, Wanderley e Deivid
possuem menos da metade dos gols dos artilheiros dos anos
anteriores (Josiel em 2009 e o Império do Amor
em 2010).
Mas outro ponto que chama a atenção
é o setor defensivo. Luxemburgo deu um jeito na
"cozinha" e a comparação com os
anos anteriores chega a ser injusta. Sofremos metade dos
gols de 2010 e mais de 50% a menos do que em 2009. É
uma mostra que a segurança de Felipe no gol, aliada
a competente dupla de volantes Maldonado e Willians estão
conseguindo apoiar e (por que não?) serem apoiados
pelos zagueiros Welinton e David Braz neste excelente
início (defensivamente) de temporada.
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação