Habemus Imperator?
Quando o assunto é Flamengo nas conversas,
um tema tem sido recorrente nos últimos dias: Adriano
Imperador! Logicamente não poderia deixar de dar
o meu pitaco neste assunto também. Afinal, o que
era apenas especulação no início
do ano, com rumores de rescisão de contrato, foram
confirmados pela Roma e agora fica a dúvida: Adriano
seria uma boa?
Pra início de conversa, vejo toda
esta desconfiança sobre o futuro do Imperador como
um "déjà vu". Eu já este
filme e com o mesmo personagem. Em 2009, quando Adriano
se "aposentou" e voltou atrás, havia
a mesma desconfiança sobre o seu futebol e, principalmente,
sobre a sua vontade e motivação para continuar
jogando bola. Todos sabem qual o foi o desfecho naquela
época, mas isto não é garantia de
repeteco neste ano também.
Sendo prático, analiso a situação
da seguinte maneira: Adriano é um jogador tecnicamente
diferenciado com problemas de motivação
e disciplina. No lado da técnica, não existe
jogador no mercado a preços acessíveis (ou
de graça, como é o caso) com a qualidade
técnica dele. O segundo aspecto é o que
cria contornos de dúvida na sua contratação.
Me parece claro que ele precisa de objetivos, mas, mais
importante que isso, precisa de uma orientação
adequada, através da forma de um "pai".
Não basta passar a mão na cabeça,
é preciso orientar e alertar (ou punir) quando
necessário.
E o Flamengo como fica nesta história?
O Flamengo é o caminho natural do Imperador. Pela
identificação é difícil imaginá-lo
vestindo outra camisa no Brasil. E pelo lado do Flamengo,
um jogador com as características do Adriano cairia
como uma luva no time. É o 9 ideal! Forte para
fazer o papel de pivô para o rápido meio-campo
e presença constante na área para aproveitar
as diversas chances que o time cria. Seria o que se espera
do Deivid desde o ano passado...
Outro ponto levantado seria com relação
ao grupo. Não acredito que ele tumultue um grupo
do qual ele já conhece boa parte e é amigo
da principal estrela da nova companhia. Aliás,
ele nunca foi acusado de desagregador pelos clubes pelo
qual jogou.
Isto posto, acho que fica claro que torço
pela volta do Imperador. O Flamengo (através da
comissão técnica e diretoria) não
pode se aproveitar da euforia momentânea da conquista
da Taça Guanabara e ignorar os seus problemas dentro
de campo. Já fomos testados duas vezes (Botafogo
e Fluminense) e não vencemos os jogos. Os números
6 e 9 são nossas principais carências. Basta
vontade para resolver uma dessas questões, do clube
e dele.
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação