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Advogado do Luxa

A notícias da contratação de Vanderlei Luxemburgo pelo Flamengo e as especulações pré-contratação foram cercadas de críticas da imprensa especializada. Jornalistas como Juca Kfouri e Mauro César Pereira alardearam sobre o péssimo negócio feito pelo Flamengo. Outros já dão como certo o rebaixamento do Flamengo pela chegada deste novo treinador. Alguns diziam "Pior do que tá fica", numa referência ao slogan utilizado pelo Tiririca na campanha eleitoral. Mas, será que um trabalho do Luxemburgo pode ser pior do que o do Rogério Lourenço e do Silas?

Luxemburgo sem sombra de duvidas é um treinador vencedor. Afinal, são cinco Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil e doze campeonatos estaduais. Existe a frustração de não ter vencido a Libertadores, mas isto de forma alguma minimiza um currículo tão recheado de glórias. As afirmações sobre a péssima qualidade dos seus últimos trabalhos também é questionável. A sua recente passagem pelo Atlético-MG teve um bom início com título do Mineiro, que não era conquistado desde 2007 pelo Galo. Assim como os títulos Paulistas do Santos nos anos de 2006 e 2007 (após jejum desde 1984) e no ano de 2008 com o Palmeiras (após jejum desde 2000).

A palavra decadência foi uma constante nas notícias que cercaram Luxemburgo durante esta semana. Foi taxado de decadente por boa parte da imprensa. Mas se Luxemburgo está em decadência, como estariam Felipão e Carpegianni (treinadores contratados por grandes clubes e que não tiveram suas qualidades questionadas pela imprensa)? Felipão, desde o Mundial de 2002, só ganhou o Campeonato Uzbeque em 2009 pelo Bunyondkor. Ele está em decadência? Ou deixou de ser considerado um treinador "top"? E Carpegianni? Basta olhar o seu currículo para encontrar o Campeonato Baiano de 2009 pelo Vitória e Campeonato Paraguaio no longínquo ano de 1994 pelo Cerro Porteño. Ele está em decadência?

Luxemburgo tem personalidade forte e talvez seu comportamento pára-raio (tomando frente da situação e desviando o foco do seu grupo de jogadores) tenha criado diversas desavenças com a imprensa esportiva. Obviamente diversos dos seus problemas particulares não foram bem esclarecidos e ainda levantam suspeitas sobre seu caráter, mas estas questões extra-campo não podem afetar uma análise (dita imparcial) sobre a qualidade de um treinador conduzir o seu time a vitória. Você pode não gostar da pessoa Luxemburgo, mas o profissional Luxemburgo não é um estagiário. É um vencedor!

Por Marcus Kimura, engenheiro de computação


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