Meta - 45 pontos!
O Campeonato Brasileiro começou e
no período pós-Copa do Mundo, rodada após
rodada, o Flamengo vem despencando na tabela. Saímos
do agora longínquo G4 e estamos nos aproximando
perigosamente da zona da degola. O título do ano
passado e as campanhas recentes na competição
nacional deram a falsa impressão de que a recuperação
era simples questão de tempo. Uma certa "soberba"
cegou a torcida que, apesar dos resutados dizerem o contrário,
apostava em mais uma arrancada para o título. Mudou-se
o discurso e mudou-se a meta. 45 pontos! Essa é
a nova meta!
Nas últimas três edições
do Brasileirão o Flamengo figurou entre os 5 primeiros
(3º em 2007, 5º em 2008 e 1º em 2010) e
em duas destas o time teve arrancadas impressionantes
como principal característica. Em 2007, a família
Joel formou a "Tropa de Elite" e o time comandado
por Ibson em campo saiu das proximidades da zona de rebaixamento
e conseguiu a vaga na Libertadores. E no ano passado a
história ainda está fresca na memória.
Estas duas situações serviram
de inspiração e o que era para ser uma exceção
passou a ser encarado como um regra. Arrancadas como as
descritas não devem ser encaradas como algo comum.
Fazendo uma analogia, elas estão mais para Cometa
Halley do que para Carnaval. Não vão acontecer
todo ano e quando acontecerem serão lembradas por
um bom tempo. Definitivamente, parece que não veremos
o cometa este ano.
Histórico por histórico, do
ano 2000 até hoje, a luta pelo rebaixamento é
um fato mais constante do que briga pelo caneco. Nos campeonatos
de 2001, 2002, 2004 e 2005 o time brigou até as
últimas rodadas para fugir da degola. Um mal que
parecia exorcizado pelas recentes boas campanhas, mas
parece estar voltando para mais uma visita.
O discurso pessimista dessa coluna se deve
a observação do que está acontecendo
no clube como um todo, não somente nos aspectos
técnicos. A pressão sobre Zico e Patrícia
Amorim, somados ao afastamento (para recuperação
física) de medalhões e críticas públicas,
mostram que o ambiente está conturbado. E obviamente
temos o prejuízo técnico. Se Val Baiano
perde gols normalmente, jogando pressionado os erros serão
ainda mais constantes. Nesta hora de crise, muitos jogadores
se apequenam e outros se omitem. Além disso, os
reforços do ataque (Deivid e Diogo) estrearam e
nem de longe cumpriram o que era esperado deles. Nosso
primeiro objetivo é atingir 45 pontos. Fugir do
rebaixamento! Só aí podemos pensar em vôos
mais altos...
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação