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Onde estão os ídolos?

Quarta-feira à noite. Sentado no sofá da minha sala assistindo a mais um jogo do Mengão quando aos 10 minutos do primeiro tempo saiu o gol. Gol do Mengão! Percebendo a celebração na sala, meu filho de 7 anos veio ao meu encontro para celebrarmos. "Gol de quem?", ele perguntou. Ao respondê-lo ("Diego Maurício") percebi em sua face um sinal de interrogação. Quem é Diego Maurício? Ele não conhecia. Muitos não conhecem.

Ídolo pela definição de um dicionário é uma figura representativa (de uma divindade, em alguns casos) a que se presta culto. No futebol, podemos considerar ídolo um jogador com destacada qualidade técnica e, possivelmente, um bom histórico no seu currículo profissional, materializado em títulos em muitos casos. Em resumo são as referências. Seja na compra de uma camisa numerada do seu time, no convencimento das qualidades do seu time numa discussão com amigos ou para uma criança que não consegue decorar a formação completa de sua equipe.

No Flamengo de hoje, figuras como Marcelo Lomba e Diego Maurício ainda iniciam a sua trajetória no time rubro-negro e, obviamente, almejam um dia atingir tal status de ídolos. Mas para uma criança ou até um adulto, como compreender o seu time entrando em campo sem Bruno, Pet, Vagner Love e Adriano? Olhar o time do Flamengo de hoje, para muitos, não passa de um grupo de desconhecidos. Pet é bem conhecido. Talvez Léo Moura, Angelim e Juan. Mas quem é o número 9? E o 26? 37? E por aí vai...

Em raros casos, o símbolo de um time se confunde com seu grande ídolo. Tamanha a idolatria que confunde os menos atentos. Afinal, o Flamengo na década de 80 era o Flamengo do Zico ou o Zico do Flamengo. E, por ironia do destino, o ídolo de nossa história acaba se tornando o maior ídolo de um time sem ídolos (ou somente um, Pet). A reflexão a se fazer é sobre a importância do ídolo não somente dentro de campo, mas também fora dele. A paciência exigida pela reestruturação só sanará a falta do ídolo com os títulos e o tempo. Enquanto isso, vou apresentando Marcelo Lomba e Diego Maurício ao meu filho.

Por Marcus Kimura, engenheiro de computação


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