Hora de recomeçar
A chegada de Zico e a sua atitude em um
dos primeiros atos ao rejeitar pagar US$1 milhão
pelo "velho" Emerson Sheik demonstram quais
são as intenções da diretoria e deste
"novo" Flamengo. A busca pelo profissionalismo
e a estruturação do clube são as
principais metas. Priorizar a finalização
do CT ao invés de contratar jogadores caros e sem
possível retorno financeiro. Este é o pensamento.
Obviamente o discurso e o orador são
muito bons e teoricamente é tudo muito bonito.
Mas é preciso alertar uma parte importante do universo
rubro-negro: a torcida. Toda mudança exige sacrifícios
e no caso do Flamengo, com Zico, não será
diferente. Se a presença do Galinho e o pregado
profissionalismo atraem alguns jogadores. A austeridade
financeira torna o time menos competitivo para contratar,
já que não cometerá loucuras com
o dinheiro.
Contratações como Jean, Val
Baiano, Cristian Borja e Marquinhos não podem ser
considerados reforços. São apostas, no máximo.
Mas este é o novo panorama e perfil de contratações
de um clube que apertou o cinto e segurou as finanças.
Estaria a torcida avisada?
O passado serve de exemplo e mostra que,
apesar de ídolos, duas lendas da história
rubro-negra já sucumbiram aos resultados: Júnior
como técnico e diretor da Fla-futebol e Andrade
como treinador. Claro que Zico está acima do bem
e do mal para qualquer rubro-negro, mas estaria o torcedor
consciente desta nova fase de reestruturação
e com a paciência necessária para torcer
por um time batalhador? E se o resultado não aparecer
em campo?
Quarta-feira já tem Mengão
em campo contra o Botafogo, no jogo que marca o início
deste "novo" Flamengo. As palavras de ordem
para a torcida são apoio e paciência. Se
o presente não é muito animador, o futuro
promete. Que este "futuro" chegue logo!!!
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação