Balanço do semestre
Japonês, filho de mineiro, apaixonado
pelo Flamengo e que gosta de um bom samba. Este é
o mais novo colunista do Flamengo MTM: Marcus Kimura.
Nascido dias antes do título mundial e torcedor
fanático do Mengão desde então por
influência paterna. Reside no interior de São
Paulo e enfrenta diariamente o bairrismo e a rivalidade
interestadual. Acompanha o Mengão sempre, seja
nos estádios (paulistas e no Maraca também),
pela internet ou pelo TV.
Seis meses já se passaram e a pausa
para a Copa do Mundo nos oferece um momento oportuno de
refletirmos sobre o que aconteceu com o Flamengo neste
primeiro semestre. Quais foram os erros? E os acertos?
Atingimos os nossos primeiros objetivos? É o momento
do balanço.
Contratações (Início
do ano)
O objetivo da diretoria no início
do ano era a manutenção da base campeã
do ano passado e, com isso, poucos reforços foram
contratados. Dentre os principais, podemos destacar:
* Rodrigo Alvim - Contratado para compor
elenco e ser reserva do Juan na lateral esquerda. Não
comprometeu quando entrou em campo, já que tem
características mais defensivas, limitando-se a
marcar e desarmar. Não brilhou, nem brincou. Foi
correto.
* Fernando - O irmão do Carlos Alberto. É
o que mais se ouvia nas transmissões quando estava
em campo. Vive a sombra do irmão. Tanto na fama,
quanto na bola. Brilhou... Contra Friburguense, Madureira
e afins. Jogou bem contra os pequenos e mal contra os
grandes. A se destacar somente a sua qualidade ofensiva
nas bolas paradas.
* Michael - Lateral? Ala? Meia? Na verdade, Michael não
conseguiu ser nenhum deles. Atuou mais como meia e foi
mal diversas vezes. Dribla bem, mas prende demais a bola.
Tem velocidade, mas não criatividade para ser o
condutor do meio campo flamenguista.
* Vagner Love - Só Love! Só Love! Artilheiro
nato e rubro-negro de coração. Mostrou vontade,
disposição, raça e o inegável
faro de gol. Foi a face do Império do Amor que
deu certo.
Campeonato Carioca
O início foi avassalador. Vários
gols e vitórias apesar do ritmo de pré-temporada.
A vitória de virada e com jogadores a menos por
5x3 sobre o Fluminense foi marcante e digna de registro.
Pena que tenha sido uma das poucas. Difícil identificar
o que veio antes: problemas extra-campo ou derrotas dentro
dele? Denúncias de associação ao
tráfico de drogas afetavam nossas estrelas e as
derrocada começou entre uma falta ao treino e outra
do nosso Imperador. Derrotas para o freguês de outrora
(Botafogo) nas Taças Guanabara e Rio trouxeram
a frustração e queda do nosso comandante.
Começamos brigando pelo tetra e saímos priorizando
a Libertadores. Particularmente, não me agrada
esta postura arrogante de menosprezar um campeonato quando
lhe convém (principalmente na derrota).
Libertadores
Bom início assim como no Campeonato
Carioca. 7 pontos em 3 jogos e a vaga praticamente garantida.
E quase que ela foi pro brejo. 3 pontos nos 3 últimos
jogos e classificação nos critérios
de desempate. Pior campanha entre os classificados. O
destino reservou um duelo contra o Corinthians na fase
seguinte da competição. Ronaldo x Adriano?
Não, Só Love! Novo comandante (Rogério
Lourenço) e uma classificação sobre
o centenário Corinthians eram a motivação
que faltava? Doce ilusão. O reencontro com os algozes
chilenos da primeira fase mostrou a dura realidade. Fim
do sonho de reconquistar a América. Fim do Império
do Amor.
Início do Brasileiro
Ressaca de Libertadores e time muito desfalcado.
Junte estes dois ingredientes e imagine o que aconteceu.
Jogos ruins. Muito ruins. Mudanças de esquema e
jogadores eram uma constante. Time sem padrão de
jogo e com o poderio ofensivo limitado. De positivo ficam
as aparições de Camacho e Diego Maurício,
que, apesar da situação delicada, mostraram
potencial.
Saldo
O saldo é obviamente negativo. E
muito. A alegria virou tristeza e os heróis do
Hexa viraram vilões. Isso em apenas 6 meses (ou
menos). A esperança é renovada pela chegada
do Galinho Zico, que promete uma reestruturação
do Departamento de Futebol. Mudanças devem acontecer
e reforços devem chegar. Feliz segundo semestre
de 2010!
Por Marcus Kimura, engenheiro de
computação