Uma nova realidade pela frente
Como bons flamenguistas que somos, nos acostumamos
à títulos, festas, estar sempre no topo,
rindo dos outros times, se divertindo com nossa própria
glória. Nesse segundo semestre, porém, não
sabemos se poderemos agir desta forma ou se teremos de
nos preocupar por longos meses com o meio da tabela.
É verdade que Zico está trabalhando forte,
trouxe alguns nomes para compor o elenco e tenta, mesmo
que com poucas chances, manter Vagner Love e trazer Ronaldinho
Gaúcho ao nosso time. Assumo que, com os dois no
elenco, teremos grandes condições de conquistar
o Brasileiro de novo, mas sem eles a coisa pode ficar
bem mais complicada.
Mas se nas quatro linhas teremos um time
bem montado, fora delas a situação é
bem feia. Desde que me conheço por gente nunca
vi o nome Flamengo tantas vezes nos noticiários
policiais. Foi o Adriano em algumas situações,
depois Vagner Love e agora, mais explicito ainda, o caso
do goleiro Bruno, que nos deu tantas glórias.
Fico muito infeliz pelo acontecido, pois
Bruno foi um dos protagonistas de grande parte da nossa
história recente. Ninguém pode dizer que
sem ele conseguiríamos tudo que conseguimos, pois
suas grandes defesas de pênaltis e lances corridos
nos ajudaram a alcançar tudo aquilo que se expõe
na sala de troféus.
Mas será que é hora de rever
os contratos dos jogadores? Colocar clausulas de rescisão
por mal comportamento, multar, suspender, deixar jogador
treinando à parte? Será que os jogadores
de hoje em dia não podem ser tratados como profissionais
e precisam ser tratados como crianças? Aonde vamos
parar?
Com tantos problemas extra-campo, o Flamengo estampa noticias
muito ruins que mancham o nome da instituição
e podem causar danos grandes. Nunca em nossa história
fomos tão prejudicados quanto à isso e torço
para que nosso ídolo Zico possa dar um jeito nessa
situação. É hora de torcer pelo lado
de fora, pelo nosso futuro, e deixar o presente um pouco
de lado.
Por João Mayworn, escrituário
de Secretaria Estadual