Mudanças inoportunas
O Flamengo teve uma semana dura pela frente.
Clássico contra o Botafogo no domingo, onde só
a vitória manteria viva a esperança do tetra
campeonato carioca e o jogo decisivo da Libertadores na
quarta feira contra o Caracas no Maracanã com a
necessidade de vitória por 02 ou mais gols de diferença.
Caso os resultados tivessem sido alcançados, provavelmente
a semana não teria um desfecho tão negativo
para o Clube.
Os resultados não vieram, e na sexta-feira a Presidente
Patrícia Amorim comunicou oficialmente a demissão
do vice-presidente de futebol, Sr. Marcos Braz, juntamente
com o técnico Andrade. Como a própria afirmou,
as mudanças ocorreriam quando a bola “parasse
de entrar”. Porém, o momento escolhido para
as mudanças não poderia ser mais inoportuno,
afinal o Flamengo acabou alcançando a classificação
para a próxima fase da Copa Libertadores e, no
próximo dia 28, tem uma parada duríssima
contra o Corinthians pelas Oitavas de Final.
É verdade que o departamento de futebol estava
uma bagunça. Após o título brasileiro,
os jogadores ganharam muito poder na Gávea, determinando
horário de treino, concentração e
dias de folga. Mas, se era para mudar, por qual motivo
a Senhora Presidente não mudou após a derrota
do Flamengo para o Botafogo na semifinal da Taça
Guanabara? Será que foi a ilusão de que
o time jogou bem e merecia vencer? Será que é
muito difícil jogar bem e perder para o Botafogo,
que é um time que dava o campo para o adversário
jogar? O amadorismo e a bagunça imperaram no Flamengo
desde o início do ano, e ela deveria saber que
Campeonato Carioca não é parâmetro
para nada.
Agora o Flamengo se prepara para a primeira “final”
em 180 minutos, contra um time forte, em seu ano de centenário,
que tem um atacante tão perigoso quanto o nosso
imperador. O “duelo de sumô”, como dizem
por aí, promete pegar fogo. E nosso time, com tantos
problemas extra campo, aguarda a chegada do novo técnico
(Joel Santana é o mais cotado, com mais três
nomes não divulgados pela presidente).
Não adianta nada os jogadores “baterem
pezinho” reclamando da saída do treinador
e do vice-presidente de futebol, pois os próprios
causaram tais problemas. É hora de união
em prol da nação, que estará sempre
por aqui para apoiá-los, não importa onde.
Hora de suar sangue, correr, lutar, buscar a vitória
o tempo inteiro. Pra cima deles, Mengo!!
Por João Mayworn, escrituário
de Secretaria Estadual