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Hora da torcida

O Flamengo traz para esse clássico de domingo vários problemas. Léo Moura acreditava que as vitórias contra o Vasco no domingo e, posteriormente, contra a Universidad Católica, na quarta-feira, levariam o mais querido ao céu novamente. A vitória contra o maior rival veio. Mas a derrota no meio de semana, da forma que aconteceu, com o time jogando um futebol apático, marcação frouxa, falta de aproximação do meio campo ao ataque e dois gols (era para ter levado mais, sorte nossa) com falhas gritantes da defesa em um time que jogou com três volantes, acaba ligando novamente o sinal de alerta na gávea.

Muitas pessoas falam em boicote ao técnico, aos dirigentes, reclamações de salários atrasados e coisas do tipo, mas parece nítido que, se existe algum boicote dos jogadores do Flamengo, é contra a escalação do sérvio Petkovic no time titular. Nem Pet se entende com os jogadores, nem os jogadores se entendem com Pet. A briga no vestiário durante o intervalo do jogo, com o nosso capitão Bruno partindo para cima do sérvio, pelo seu primeiro tempo fraquíssimo, acaba por explicitar tal problema, o que causa desconforto em todos na gávea.

Após a quarta-feira, muitos rubro-negros, assim como eu, viam o Flamengo fora da Taça Libertadores, com chances (50% em clássicos, não importa a fase dos times) de perder a taça rio e envolto a muitos problemas. Adriano não joga tem tempo, a zaga não se encontra em campo, Vinicius Pacheco e Pet não conseguem mais encaixar. A partir desse ponto, a galera do copo meio vazio (pessimistas) já aponta um ano negro na gávea, com o Flamengo perdendo suas estrelas na janela de transferências e o Flamengo brigando por nada durante o ano todo.

Nada como um dia após o outro. E após a quinta-feira, o Flamengo “só precisa” vencer o Caracas por dois gols de diferença na próxima semana para se classificar. O clássico ganha ânimo com a venda antecipada dos ingressos bem movimentada (30.027 bilhetes vendidos). Adriano está praticamente confirmado no ataque, o que já causa pânico na defesa dos alvinegros. Michael, que deu boa movimentação ao meio campo nos últimos jogos que entrou, está com fome de bola e louco para jogar no domingo.

É a hora da torcida, desconfiada em relação ao time, devido a todos os problemas em campo e extra-campo, comparecer. Apoiar, gritar, pular, cantar. Se a equipe não resolve, é hora de nós, torcedores, pegarmos o time no colo e levá-lo à vitória. Vitória no domingo, campeões da Taça Rio. Nada de comemorar. Quarta-feira, mais um dia para a torcida comparecer, apoiar. Empurrar o time à vitória contra o Caracas para conquistar a tão sonhada classificação. Que Léo Moura tenha errado apenas na escolha da semana, e que o Flamengo volte aos céus. E se tiver de ser, que venha o Corinthians nas oitavas de final.

Sobre o colunista

João Mayworn é flamenguista desde sua gestação, escriturário da Secretaria de Estado de Educação e pode ser encontrado na arquibancada amarela, coluna 42, fileira 35 à direita (da visão de quem sobe) do maracanã em (quase) todos os jogos do Flamengo. Acredita que o bem mais valioso do clube é a sua Torcida e sonha ver o mais querido campeão mundial um dia.

Por João Mayworn, escrituário de Secretaria Estadual


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