Sinais de Desespero
O Flamengo já começa a apresentar
os primeiros sinais de desespero na temporada. Durante
o campeonato carioca, mesmo com a eliminação
nas semifinais dos dois turnos (com destaque para a campanha
horrível na Taça Rio), em nenhum momento
notou-se um clima de instabilidade tão grande quanto
ao que passamos agora.
Após o péssimo início
de Brasileiro (o pior da era de pontos corridos) a diretoria
já dá sinais de que pretende abandonar de
vez o projeto montado para o futebol no início
da gestão. Em maio foi anunciada a demissão
de Dorival Júnior do cargo, por conta de seu alto
salário, considerado pela alta cúpula rubro-negra
como "fora da realidade financeira do clube".
Para o seu lugar foi contratado Jorginho, tido como muitos
como uma aposta viável e que poderia dar certo.
Engano. Em menos de dois meses, os péssimos resultados
fizeram o treinador ser demitido do cargo após
a derrota para o Náutico na quarta.
Na sexta, os principais portais esportivos
noticiaram que Paulo Pelaipe, o homem de confiança
dos diretores no futebol, já não é
unanimidade e sua saída já estaria sendo
arquitetada dentro clube, cogitando até o nome
de Zico para substitui-lo no cargo. Outro nome que também
vem sendo bastante contestado é o de Carlos Eduardo.
Tido como o principal reforço do clube destacando
o fato de se encaixar nas contratações "sem
custo do time", Cadu vem saindo caro para o Rubro-Negro.
Participando em apenas 10 partidas e longe de render o
esperado pela torcida e diretoria, o meia já custou
2,5 milhões aos cofres do clube e parte da torcida
já pede sua devolução ao Rubin Kazan
(direito assegurado em uma cláusula no contrato
do jogador).
Ao que tudo indica, a diretoria já
tenta se desfazer do projeto inicial, e já planeja
novos rumos para o futebol do Flamengo. Após vários
golaços fora de campo, como os patrocínios
firmados com Peugeot, Caixa e Adidas, além do pagamento
de milhões de reais em dívidas, e o lançamento
do programa de sócio torcedor Nação
Rubro-Negra, mas dentro de campo, os resultados não
vem sendo satisfatórios. Agora resta torcer para
corrigirem os erros que foram cometidos para sonharmos
por algo maior no Campeonato Brasileiro, bem longe da
zona de rebaixamento.
Por Danilo Queiroz, Auxiliar Administrativo/Financeiro