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Fator Maracanã

Apesar de já ter se passado alguns dias, não posso deixar de exaltar o grande momento vivido pelo Flamengo na “decisão” contra o Cruzeiro. Foi uma vitória daquelas que só quem é rubro-negro sabe realmente o que representa. Aquela massa de torcedores apaixonados criando uma energia que não pode ser explicada com palavras, levando o time a se superar dentro de campo e conseguir uma classificação que poucos acreditavam. É inegável a força da combinação Flamengo + torcida + Maracanã. Até para quem estava lá é difícil definir. Como diz aquele velho samba rubro-negro, a gente só pode sentir.

Todos sabemos as limitações do nosso time, que é no máximo mediano. Para superar o líder do Brasileirão só mesmo com muita entrega, superação e apoio irrestrito das arquibancadas. E todos estes fatores estiveram presentes em máxima potência nesta partida. Encurralamos o Cruzeiro em 90% do tempo, fizemos um dos melhores times da atualidade se acuar e agir como time pequeno. Só mesmo a nação rubro-negra num Maracanã lotado é capaz de feitos como este. Mesmo assim foi sofrido, com gol quase no final, com o craque do time se superando para fazer o tento que nos levou às quartas-de-final da Copa do Brasil e lavou a alma de 40 milhões de rubro-negros espalhados pelo mundo.

Mas eis que menos de 48 horas depois deste dia épico no Maraca a diretoria rubro-negra resolveu declarar guerra ao consórcio que administra o estádio. De certo modo eles até tem razão ao criticar os problemas para a realização de partidas no maior estádio do Brasil. Na questão financeira é inegável que o ganho com bilheteria poderia ser bem maior. É fato que em Brasília o lucro é superior, como também seria em outras arenas. E na questão de acesso, todos que foram a este último jogo viram a completa desorganização na entrada do Belini. Muita gente entrou sem pagar ou num setor não compatível com o ingresso que possuía.

Entretanto foi o próprio Flamengo que assinou um acordo de seis meses em que aceitava muitas das condições que hoje critica. E também acho errado ficar lavando roupa suja publicamente. Não é uma atitude profissional. O correto seria sentar com a outra parte e negociar um panorama melhor para o clube. Com essa postura de ataque corremos o risco de ficar sem estádio para jogar no Rio até a volta do Engenhão em 2016. Eu até concordo com a postura de tentar junto ao Governador derrubar o Consórcio da administração do Maracanã e partir para uma administração conjunta dos clubes. Seria o modelo ideal. Porém se esta ideia não vingar, o Mengão não pode ficar sem sua verdadeira casa.

Tivemos mais uma prova do quanto o fator Maracanã faz a diferença para o sucesso do Flamengo. Para sonhar com o título da Copa do Brasil e escapar do rebaixamento sem sustos, é fundamental que continuemos na nossa casa no restante da temporada. Mesmo que o Consórcio permaneça e não haja um acordo dentro do que a diretoria rubro-negra gostaria, o Mengão não pode deixar de mandar seus jogos no Maraca. Essa hipótese não pode sequer ser considerada, seria péssimo para o clube e para o próprio Consórcio, que perderia seu cliente mais lucrativo. Fica a torcida para que nenhum dos lados seja intransigente nesta questão e tudo se resolva da melhor maneira.

#AcasaDoFlamengoÉoMaracanã

P.S.: Coluna escrita antes do jogo contra o Corinthians. Depois da grande vitória na Copa do Brasil, ao menos por um dia peço licença para não comentar sobre a campanha lamentável no Brasileirão.

Por Daniel Marques, editor-chefe do site Flamengo MTM


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