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Orgulho rubro-negro

Hoje eu resolvi falar sobre um dos maiores orgulhos do Clube de Regatas do Flamengo nos últimos anos: o nosso time de basquete. Se em outros esportes as glórias se revezam com vexames, no Fla-Basquete só temos o que comemorar. Títulos estaduais, brasileiros e até um sul-americano tornaram esse time capitaneado por Marcelinho Machado como o mais vitorioso da história desse esporte no clube. A prova definitiva de que o Flamengo, mesmo com todos os seus problemas financeiros, felizmente não deixou de ser um clube poli-esportivo vitorioso.

No Campeonato Carioca há seis anos não tem para ninguém. Com extrema facilidade o Mengão engrenou um Hexacampeonato em 2005/2006/2007/2008/2009/2010, um pouco facilitado pela ausência dos outros grandes clubes da cidade nesta modalidade. O que também não deixa de ser mais uma prova da grandeza do Flamengo em relação aos seus rivais, que sequer tem condições de montar um time de basquete para disputar o torneio estadual.

Já em nível nacional a força desse time também pode ser vista. Com um time recheados de craques, como Duda, Hélio, Jeferson, Marcelinho e Bábby, o Mengão conquistou o Bicampeonato Brasileiro em 2008 e 2009, ambos em decisões contra o forte time de Brasília, recheado de jogadores de seleção brasileira. No ano passado perdemos a decisão, graças à chegada de Guilherme Giovanonni, que acabou sendo o diferencial a mais a favor deles na final. Já em 2011 o Flamengo está novamente nos playoffs e vai forte em busca do terceiro título nacional.

Mas a grande glória da história do basquete rubro-negro, que consolidou esse time como o mais vitorioso da história do clube, foi o título inédito da Liga Sul-Americana de 2009. Numa decisão emocionante contra o Quimsa-ARG, o Flamengo garantiu a vitória por dois pontos de diferença apenas nos últimos segundos de jogo. Uma vitória épica em plena Argentina, com todo o estádio favorável ao adversário e fazendo uma pressão quase insuportável.

Todos os jogadores principais deste time merecem ser exaltados, mas infelizmente nesta coluna eu só terei espaço para exaltar o maior de todos, uma espécie de Zico do basquete rubro-negro: o grande craque Marcelinho Machado. Sua capacidade de fazer cestas, principalmente da linha de três pontos, impressiona até quem não entende tanto de basquete. Mesmo jogando na seleção com craques (ou que se acham craques...) da NBA, como Leandrinho, Nenê e Varejão, segue sendo o melhor jogador brasileiro, apesar da idade já um tanto avançada. Foi um dos poucos que se salvaram na fraca campanha do último Mundial, mesmo sendo reserva a maior parte do tempo.

Muitos devem estar se perguntando por que pela primeira vez na minha vida eu fiz uma coluna que não tem nenhuma relação com o futebol. E na véspera de um clássico com ares de decisão. A verdade é que depois de tudo o que aconteceu na última quarta-feira eu me sinto totalmente incapacitado de fazer qualquer prognóstico sobre qual será o rumo do Flamengo e do Campeonato Carioca neste momento decisivo. Quem sabe no próximo sábado, após o clássico carioca e o jogo de volta no Ceará, eu já tenha uma ideia de como será o amanhã?

Por Daniel Marques, editor-chefe do site Flamengo MTM


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