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Hora de dar o troco

Mesmo com todos os problemas que vem enfrentando fora de campo, o Flamengo mais uma vez se superou e conseguiu a classificação para as quartas-de-final da Libertadores. E o adversário nesta fase não poderia ser melhor: a Universidad de Chile, líder do grupo do Flamengo na fase classificatória, e que ainda está invicta na competição sul-americana. Com certeza o time rubro-negro terá uma motivação a mais para derrotar este adversário que quase provocou nossa eliminação precoce. É a hora de dar o troco nos chilenos, principalmente por aquele gol aos 47 minutos do segundo tempo que nos tirou a vitória no jogo do Maracanã.

E enfrentar um adversário que comprovadamente tem condições de nos eliminar também é um fator positivo, principalmente após o Flamengo passar pelo favoritíssimo Corinthians nas Oitavas. Por mais que se tente evitar, a tendência é se criar um grande oba-oba na torcida após um triunfo desta grandeza, e na Gávea infelizmente esse clima sempre acaba contagiando o time. Mas após um empate e uma derrota contra La U anteriormente, com certeza os jogadores vão entrar super ligados no jogo, sabendo da necessidade de se jogar bem e com dedicação os 90 minutos para conseguir a vitória no Maracanã e levar alguma vantagem para o jogo decisivo no Chile.

Estreia insossa

Com uma ridícula escalação com quatro volantes e apenas um atacante, era de se esperar que o Flamengo não conseguisse marcar nenhum gol no primeiro tempo. Contando com um certo desinteresse do São Paulo, ainda ficou no lucro ao ir para o intervalo perdendo apenas por 1 a 0. A entrada de Michael no segundo tempo melhorou a produção ofensiva do time rubro-negro, o suficiente para proporcionar um milagre no Maracanã: gol de Denis Marques. Num jogo em que ambos os clubes não deram a menor importância, com a escalação de times recheados de reservas, ninguém merecia vencer mesmo. Então o empate ficou de bom tamanho.

Esse jogo só serviu mesmo para aumentar a minha preocupação com o trabalho do agora efetivado Rogério Lourenço à frente do Flamengo. Ele já havia errado na escalação contra o Corinthians, ao entrar com Vinícius Pacheco ao invés de Petkovic, e ontem foi ainda pior ao escalar um time totalmente improdutivo contra o mistão do São Paulo. Nos dois jogos houve reação no início do segundo tempo após uma substituição acertada no intervalo, mas nem sempre vai ser possível remediar esses erros na formação inicial. É bom o Rogério enfim acertar na escalação contra a Universidad no Maracanã, senão sua trajetória como técnico profissional do Flamengo não será das mais longas.

Incompetência impera

Se dentro de campo as coisas estão se encaminhando relativamente bem, fora de campo a situação do Flamengo fica cada vez fica pior. A presidente anunciou que só vai decidir quem comandará o futebol rubro-negro na época da Copa do Mundo! E mesmo sem nenhuma capacidade ou experiência para comandar o departamento de futebol de um grande clube, a própria Patrícia Amorim seguirá acumulando a vice-presidência de futebol até lá. E ela deixou bem claro também que não contratará nenhum reforço até o final da Copa da África, pois no momento só o que interessa é fazer as renovações de contrato.

É até compreensível, pois com apenas uma pessoa (incapacitada) tocando todas as decisões do futebol, fica difícil negociar com reforços e tratar de renovações de contrato ao mesmo tempo... Ou seja, enquanto todos os outros clubes contratam os melhores nomes disponíveis no mercado, o Flamengo entrará num longo Campeonato Brasileiro sem uma dupla de zaga confiável, sem um meia de ligação além do Petkovic, sem reservas de qualidade para o ataque... E após perder Zé Roberto para o Vasco, também deverá perder em breve o “Sheik” Emerson para o Fluminense... Genial!

Por Daniel Marques, editor-chefe do site Flamengo MTM


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