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Demonstração de força

Para os que ainda não acreditavam na reação do Flamengo rumo ao G-4, eis uma demonstração de força do time rubro-negro diante do clube da moda, chamado de “Jason” pela imprensa voltada à São Paulo. Pois o verdadeiro time que retornou da morte para assombrar os adversários é o Mengão, que pela segunda vez nos últimos anos vai sair da ameaça de rebaixamento rumo a uma vaga na Libertadores, após uma arrancada histórica e memorável.

Todos os que torcem contra o Flamengo achavam que sem o Adriano seriam duas derrotas certas contra Vitória e São Paulo. Mas o nosso time mostrou que vai muito além de apenas um craque, temos um dos melhores times do Brasil. E isso mesmo sem ter um substituto à altura para o Imperador, afinal Denis Marques é uma piada e Bruno Mezenga ainda não se encontrou nos profissionais. Foram quatro pontos conquistados nestes jogos, mesmo jogando sem um centroavante de qualidade. E a distância para o G-4, que antes era muito grande, agora é de apenas dois pontos.

O mais legal desta vitória contra o São Paulo foi a superioridade do Flamengo durante todo o jogo. Com posse de bola bem superior, uma quantidade bem maior de finalizações e mais um show da massa rubro-negra nas arquibancadas. E melhor ainda foi ver o “chororô” dos tricolores paulistas em relação ao pênalti, justo o clube mais beneficiado pelas arbitragens do Campeonato Brasileiro nos últimos anos querendo jogar a culpa pela derrota em supostos erros do árbitro? Erros estes que nem existiram, afinal a falta no Toró foi bem clara, e o Rogério Ceni se adiantou visivelmente. Essa historinha de “se deixar um pé na linha vale” não existe na regra. Se o goleiro não mantiver os dois pés na linha antes do cobrador bater na bola, tem que mandar voltar. É a regra, e ponto final.

Na realidade o Flamengo é que foi mais prejudicado pelos erros do árbitro do Distrito Federal. Deixou de expulsar Richarlyson em pelo menos duas faltas violentíssimas cometidas por ele, além de não marcar falta clara do Rodrigo sobre o Álvaro no lance em que o nosso xerifão torceu o joelho - e na sequência desse erro de arbitragem quase o Hugo desempata o jogo a favor do São Paulo. Isso sem falar em várias faltas não marcadas a favor do Flamengo e outras inexistentes apitadas a favor do time paulista.

Deixando essas polêmicas de lado, mas uma vez o trabalho do técnico Andrade me surpreendeu. Confesso que não entendi a substituição no intervalo, como o time poderia ficar mais ofensivo para buscar a virada no placar com a entrada de um homem de marcação (Toró) no lugar de um de criação (Juan)? Teoricamente era impossível, mas na prática foi justamente o Torózinho que estava lá na área para sofrer o pênalti que iniciou a reação do Mengão no jogo. Quando a fase é boa, de uma forma ou de outra as coisas acabam dando certo. E o nosso treinador já mostrou que tem muita estrela.

Vale ressaltar também as atuações destacadas de Petkovic e Zé Roberto, que mantiveram a recente rotina de desequilibrarem com o jogo. A lamentar, apenas as lesões de Everton e Álvaro. O ala já está fora do campeonato, e o zagueiro pode não atuar no jogo decisivo contra o líder Palmeiras. Mas nem esses desfalques serão capaz de abalar a caminhada rubro-negra rumo ao G-4, afinal o Flamengo provou que é forte o suficiente para vencer os melhores até mesmo sem o Imperador!

Por Daniel Marques, editor-chefe do site Flamengo MTM


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