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O ladrilheiro dos deuses

Alô torcida do Flamengo aquele abraço. Saudações rubro-negras! Em 1981 o Flamengo entra em campo para mais uma decisão com o bacalhau. Este era o terceiro jogo da super decisão. Nas duas primeiras partidas o Vasco venceu se aproveitando do abalo emocional do Flamengo, pois, nosso mestre e ex-treinador Cláudio Coutinho havia falecido às vésperas do primeiro jogo num acidente de mergulho.

Só a vitória daria o título carioca ao maior do mundo. Jogo sofrido, corrido e de muita luta, um duelo de titãs. Aproximadamente 160.000 corações batendo freneticamente. No primeiro tempo já vencíamos por 2 x 0, Gols de Adílio e um gol espírita de Nunes. Veio o segundo tempo e o bacalhau partiu pra cima com a fome de um leão, porém, nosso timaço estava determinado a dar o título ao nosso querido ex-treinador Coutinho.

Aos 38 do segundo tempo Roberto Dinamite sempre ele, rouba uma bola e serve a Ticão que diminui. A partir daí a massa rubro-negra se calou, pois, veio a cabeça a lembrança das derrotas anteriores. O Vasco cresceu e voltou a pressionar. Quando faltavam 5 minutos para o fim do jogo os Deuses rubro-negros resolveram intervir mandando a campo um ladrilheiro pretinho e magricelo com a camisa do mengão nas mãos. Foi o suficiente para tocar o rebu dentro de campo. É verdade que nosso herói levou dos vascaínos uns carinhos na orelha, mas o mais importante é que isto esfriou de vez a equipe cruz de malta impedindo qualquer reação.

Ao fim do jogo aconteceu uma verdadeira explosão de alegria e lágrimas. Torcedores e jogadores comemoravam sem parar. O Flamengo teve que se superar enfrentando tudo e a todos. Júnior se lembrava das duas derrotas sofridas para o Vasco, a primeira depois da morte de nosso mais importante comandante e a segunda depois de um temporal que matou quase 100 pessoas no Rio de Janeiro.

O título foi conquistado com o suor e o amor de nossos guerreiros que não paravam de dedicar à conquista a Coutinho, justa homenagem. Uma frase de nosso hino mostrou a sua força “vencer, vencer, vencer... uma vez Flamengo Flamengo até morrer!”, porém, este título deve ser dedicado também ao ladrilheiro dos Deuses rubro-negros.

Por Antonio Meninéa, radialista e cronista esportivo


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