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É brincadeira!

Olá! Saudações Rubro-Negras! Meu nome não é Johnny e sim Antonio Carlos Meninéa. Sou carioca, formado em direito, radialista e colunista esportivo do jornal Resumo, em São Paulo. Mas é claro acima de tudo Rubro-Negro, aliás, desde os tempos de Liminha, Fred, Moreira, Rodrigues Neto e tantos outros. Caramba bota tempo nisso, bem é melhor deixar pra lá. Na realidade Rubro-Negro já nasce Flamenguista, batizado e crismado. Isto posto, é com muita honra que passarei a escrever para o MTM, toda quinta-feira levando até você jogos inesquecíveis, curiosidades e é obvio que vamos aproveitar também para cornetar o nosso Mengão que está devendo um Brasileirão desde 1992.

No ano de 1987 foi disputada a primeira Copa União. Neste ano a CBF estava enfraquecida e quem comandou e organizou a competição foi o clube dos treze. Nesta competição que prometia mudar o rumo do futebol brasileiro, foram transmitidos pela Rede Globo nada mais nada menos que 37 jogos ao vivo, um recorde na história do futebol Tupiniquim. O Flamengo chegava desacreditado e alguns até afirmavam de forma veemente que o tempo Rubro-Negro havia passado, fatal engano!

O Flamengo tinha como técnico o ex-craque e carismático Carlinhos e a missão realmente era difícil, harmonizar jogadores consagrados como Andrade, Leandro, Edinho e o maior de todos os tempos Zico, com novos talentos como Leonardo, Aílton e Zinho. Sem contar que ainda tínhamos Bebeto, Renato Gaúcho, Jorginho e no gol um paredão chamado Zé Carlos. Aliás, dedico esta primeira coluna ao nosso grande goleiro campeão de 1987 que há pouco nos deixou.

É verdade que o Mengão foi irregular no primeiro e segundo turno, porém, deixaram os velhinhos chegar. Isto aqui é Flamengo, não pode zombar, tem que respeitar o manto sagrado. Na semi-final o Flamengo era o azarão diante do Atlético Mineiro. No Rio suamos a camisa e vencemos o primeiro duelo 1 x 0. No segundo jogo os mineiros tremeram nas bases e o Fla atropelou em pleno Mineirão com grande atuação e gol de raça de Renato Gaúcho, 3 x 2 para nós. Daí em diante foi só alegria.

No primeiro jogo da decisão empatamos com o internacional pelo placar de 1 x 1, no sul. Somente a chuva que castigou o Rio de Janeiro poderia atrapalhar o tetra-campeonato do Mengão. Recordo-me como se fosse ontem, eu e um grupo de amigos no ônibus nº 434 rumo ao Maracanã, ficamos presos dentro do túnel Rebouças, muita água e preocupação, contudo, os Deuses Rubro-Negros já estavam trabalhando, pois, como num passe de mágica o tempo virou e a chuva deu uma trégua. O Internacional levou um banho de bola e não de chuva. Renato Gaúcho pegou um urubu dentro de campo, este foi o sinal dos Deuses. Vencemos com um golaço de Bebeto e jogadas sensacionais de Zico, o maior gênio da bola depois de Pelé, ou seria melhor dizer que Pelé é depois de Zico? Bem, é melhor deixar pra lá.

O que importa é que o Mengão é tetra e nosso galinho calou a boca dos invejosos que um dia passarão para o outro lado sem jamais terem visto em seus clubinhos, um gênio como Zico. E ainda há quem teime em dizer que o Urubu não foi o campeão de 1987. Só pode ser brincadeira! Até mais!

Por Antonio Meninéa, radialista e cronista esportivo


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