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Canteros e Dátolo ditam ritmo de semi

Fundamentais mesmo sem serem decisivos. O sucesso de Flamengo e Atlético-MG no segundo semestre de 2014 passa muito pelos pés de dois argentinos que raramente experimentam os papéis de protagonistas, mas desempenham como poucos a função de coadjuvantes nos esquemas de Vanderlei Luxemburgo e Levir Culpi. Com trajetórias distintas no futebol brasileiro, Hector Canteros e Jesus Dátolos são os motores dos times que se enfrentam nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Mineirão, e terão papel determinante no ritmo do jogo que colocará o Rubro-Negro ou o Galo na decisão da Copa do Brasil.

Cria do Velez Sarzfield, Canteros chegou ao país durante a Copa do Mundo e não precisou de muito tempo para adaptação. Se os méritos da reviravolta do Flamengo na temporada são creditados em sua maioria para Vanderlei Luxemburgo, eles passam muito também pela importância do camisa 20 para a equipe. Após demora para regularização no BID, o argentino estreou no mesmo dia que Luxa, na vitória sobre o Botafogo, dia 27 de julho, e participou de 24 dos 26 jogos do Rubro-Negro desde então. Nas vezes em que foi desfalque, o time não venceu (empate com o Fluminense e derrota para o Botafogo), o que o garante um aproveitamento de 65,2% dos pontos.

Aos 25 anos, Canteros sofreu menos que Dátolo para vingar no futebol brasileiro e tem status de intocável no Fla. Com dois gols e uma assistência, não tem sido muito efetivo no ataque, mas é o ponto de ligação entre a defesa e o ataque. Atuando ao lado de Cáceres na cabeça de área, ajuda na marcação, com 33 roubadas de bolas no Brasileirão, e é responsável por acionar rapidamente os homens de frente, principalmente os velozes Everton e Gabriel. Dono de uma boa leitura do jogo, o argentino resume bem sua função tática:

- Tento dar equilíbrio ao time, permitir que a bola chegue limpa para que os atacantes finalizem. Essa é a função mais importante do meio-campo: distribuir o jogo com equilíbrio. Dátolo é um grande jogador, que tem muita experiência, é muito conhecido e tem muita qualidade. Também é importante para o Atlético-MG, e temos que marcá-lo para que não distribua o jogo, não cresça dentro de campo. São partidas decisivas, temos que jogar com a mente fria e o coração quente.

O sucesso de Dátolo no Galo também é diretamente ligado ao trabalho do treinador. Desde que Levir Culpi chegou, o argentino cresceu de produção e, enfim, mostrou no Brasil o futebol que o fez ter sucesso com a camisa do Boca Juniors. De passagem apagada pelo Internacional, é dono de sete assistências e cinco gols no Brasileirão, performance decisiva para arrancada do Atlético-MG no segundo turno. A intensidade com a qual participa do jogo o transformou ainda no segundo jogador que mais recebe faltas da equipe na competição em pontos corridos, 40, e também o terceiro que erra mais passes: 92.

Após atuação abaixo da média no Maracanã, o retorno do bom futebol de Dátolo será determinante para que o Galo volte a tirar em Belo Horizonte uma desvantagem no mata-mata. Para ele, a importância na equipe atual se dá muito pela confiança de Levir Culpi.

- O Atlético-MG me contratou para isso (ser o motor da equipe). Graças a Deus, o Levir me deu a oportunidade de ter essa sequência, e estou buscando aproveitar. Acho que eu e Canteros somos um pouco parecidos dentro de campo, mas cada um tem seu estilo de jogo.

Vanderlei Luxemburgo falou sobre a importância dos argentinos para suas equipes na semifinal da Copa do Brasil e tratou de defini-los. Seja na intensidade ofensiva de Dátolo ou na cadência baseada em passes precisos de Canteros, o treinador vê Fla e Galo bem servidos no meio-campo.

- Dátolo é um jogador que conheci no Inter, mas era aquela coisa que não encaixava naquele time. No Atlético-MG, ele está bem posicionado, jogando às vezes como segundo volante, lançando... É um jogador interessante, e preocupante porque a gente sabe que pode meter uma bola. E o Canteros por vezes coloco ele até como terceiro homem (de meio campo), mais adiantado. Ele é um jogador mais cadenciado, que quebra o ritmo do adversário e até o nosso, quando precisa. Ele joga muito à argentina: toca, toca, toca, se apresenta. São dois jogadores importantes nas equipes.

Nesta quarta-feira, o Flamengo de Canteros entra em vantagem na briga por um lugar na final da Copa do Brasil. Com o 2 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, os cariocas podem perder por um gol de diferença ou até dois, caso balancem as redes. Vitória por três ou mais gols, dá a vaga aos mineiros, enquanto um novo 2 a 0 para o time da casa leva a decisão para os pênaltis. Cruzeiro e Santos fazem a outra semifinal.


Fonte: Globo Esporte


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