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ABERTURA - UM TÍTULO PARA A HISTÓRIA


O Flamengo investiu bastante para ter uma temporada vencedora em 2008. Gastou cerca de R$ 15 milhões na contratação de reforços e manutenção dos principais jogadores do elenco do ano anterior, montando um dos melhores elencos dos últimos 10 anos. E todo esse esforço começou a ser recompensado com a conquista do bicampeonato carioca, o 30º título estadual da história do clube. Com esta conquista, o Mengão passou a ser oficialmente o maior vencedor de títulos da história, superando o Fluminense, que possui 29 títulos oficiais e um sub-júdice (o do "Caixão" 2002). Neste especial você poderá saber tudo sobre mais esta conquista do maior clube de futebol do Rio de Janeiro.

Com todo o investimento feito para a disputa da Copa Libertadores, Flamengo e Fluminense eram apontados como os times mais fortes do futebol carioca, e grandes favoritos ao título estadual. E ambos confirmaram seu favoritismo, travando uma disputa equilibrada pelo título com o Botafogo, que surpreendeu a todos com um time de jogadores desconhecidos, mas que se mostrou bastante eficiente ao longo da competição. Já o outro grande, o Vasco, apostou num time mesclado entre jovens promessas e jogadores pouco expressivos, e acabou ficando abaixo dos rivais, longe da disputa pelo caneco. Desta vez, os pequenos se viram enfraquecidos por não poderem jogar contra os grandes em seus estádios, e pouco assustaram.

O Mengão deu um show contra os pequenos na Taça Guanabara. Mesmo sem ter grandes atuações, conseguiu vencer facilmente Boavista, Cardoso Moreira, Duque de Caxias, Macaé, América e Volta Redonda nas seis primeiras rodadas, garantindo a liderança do grupo A e assegurando a classificação para a fase semifinal com uma rodada de antecedência. No clássico contra o Fluminense, o técnico Joel Santana resolveu escalar um time recheado de reservas, e pagou caro por isso: uma derrota por 4 a 1, que tirou os 100% de aproveitamento no Estadual, mas em nada alterou a situação do time no campeonato, já classificado para a semifinal como líder do seu grupo.

  Assim como em 2007, o Mengão enfrentou o freguês Vasco na semifinal. O Flamengo começou pressionando, mas aos poucos o adversário foi crescendo até abrir o placar, e posteriormente quase ampliar o marcador em duas oportunidades. Mas o Flamengo mostrou sua força no final do primeiro tempo, empatando o jogo com um gol de cabeça do capitão Fábio Luciano. No segundo tempo houve um total predomínio rubro-negro, que dominou as ações, criou várias oportunidades e acabou marcando o gol da vitória com mais uma cabeçada certeira, dessa vez de Ronaldo Angelim. Vitória por 2 a 1 e a vaga na decisão da Taça Guanabara assegurada.

Na decisão, um adversário que tem se acostumado a perder decisões para o Mais Querido: o Botafogo, que vencera o Fluminense por 2 a 0 na outra semifinal. Num primeiro tempo morno e com poucas chances de gol, os alvinegros acabaram abrindo o marcador no final, com Wellington Paulista. Mas o Mengão tinha um time forte e guerreiro, e empurrado pela torcida rubro-negra partiu para a reação no segundo tempo. Depois de perder algumas oportunidades de gol, o Flamengo chegou ao empate após um pênalti sobre Fábio Luciano, que quase teve a camisa arrancada dentro da área pelo adversário. Ibson cobrou bem e converteu a cobrança em gol.  

  A partir daí, começou a polêmica. Após uma confusão para tirar a bola do gol, Souza (Fla) e Zé Carlos (Botafogo) foram expulsos, e Lucio Flavio levou cartão amarelo. Pouco tempo depois, o meia botafoguense cometeu uma falta para parar o jogo, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Com dez jogadores contra nove do adversário, a pressão do Flamengo pelo gol da vitória cresceu ainda mais, mas a bola insistia em não entrar. Quando parecia que o jogo iria para os pênaltis, Diego Tardelli acertou um belo chute de fora da área, marcando o gol do título da Taça Guanabara 2008. Para desespero dos alvinegros, que choraram e protestaram contra a arbitragem.

Com a vaga na decisão do Campeonato Estadual garantida, a comissão técnica do Flamengo decidiu repetir a atitude que foi tomada em 2007: priorizar os jogos da fase de grupos da Copa Libertadores e escalar o time reserva em alguns jogos da Taça Rio. Mas ao contrário do ano anterior, o time de suplentes era forte, e garantiu vitórias sobre Resende e Americano nas duas primeiras rodadas, por 4 a 2 e 3 a 1, respectivamente. Já com o time titular de volta, mais uma vitória, desta vez sobre o Mesquita. O clássico contra o Botafogo marcou a volta dos reservas, que não evitaram a derrota por 3 a 2. Mas as vitórias sobre Cabofriense e Friburguense garantiram a vaga na semifinal da Taça Rio com duas rodadas de antecipação. Posteriormente, os empates com Madureira e Vasco nas últimas rodadas deixaram o Mengão na segunda posição do Grupo A, atrás do Fluminense. Desgastado após jogar contra o Cienciano na altitude de Cuzco, pela Libertadores, o Flamengo não foi páreo para o Botafogo na semifinal, sendo derrotado por 3 a 0 com facilidade. Na decisão, o clube alvinegro derrotou novamente o Fluminense, por 1 a 0, e se sagrou campeão da Taça Rio, garantindo a outra vaga na decisão.

  Apesar de ter um time tecnicamente inferior ao do Flamengo, o Botafogo era apontado pela maioria como o favorito nesta decisão, por ter uma melhor campanha e estar jogando um melhor futebol. Mas o Mengão ignorou tudo isso, e partiu para a vitória no primeiro jogo da decisão. Após um primeiro tempo terrível de ambos os times, o Flamengo voltou com tudo no segundo tempo, e após as substituições ofensivas de Joel Santana, chegou ao gol da vitória. Os protagonistas foram exatamente os dois jogadores que entraram: Diego Tardelli recebeu o lançamento, penetrou na área e rolou na medida para Obina empurrar para as redes.

Na segunda partida da decisão, o Flamengo entrou com uma formação mais defensiva, pensando em administrar a vantagem conquistada no jogo de ida. Já o Botafogo não tinha outra alternativa senão atacar e buscar o gol. Melhor para os alvinegros, que abriram o placar na metade do primeiro tempo numa cobrança de falta, após falha bisonha do goleiro Bruno. Sem força ofensiva, o time rubro-negro ao menos conseguiu segurar a pressão do Botafogo até o final da primeira etapa e levar uma derrota mínima para o intervalo. Algo tinha que ser feito no Flamengo para o segundo tempo, afinal esse resultado levaria a decisão para os pênaltis.  

  E Joel Santana mostrou mais uma vez sua competência. Novamente mexeu no time de forma ofensiva, substituindo dois volantes (Ibson e Cristian) por dois atacantes (Obina e Diego Tardelli). As mudanças no Mengão alteraram totalmente o panorama da partida. O Flamengo passou a dominar o jogo, criando inúmeras oportunidades de gol. Logo no começo da segunda etapa, Obina empatou o jogo, e posteriormente os gols de Diego Tardelli e novamente de Obina vieram a sacramentar a virada por 3 a 1 e a conquista do bicampeonato estadual 2007/2008. O 30º título estadual do Mengão na história, e a hegemonia no futebol do Rio de Janeiro!

 

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