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Que voltem os grandes!

A coluna desta semana vai se apegar a um fato que aconteceu além das fronteiras do nosso país. O fato foi em outro país, mas tem a ver com o que penso obre o futebol e a forma romântica de enxergá-lo. O local? Monumental de Nuñez.

O estádio da final da próxima Copa América foi palco de um grande jogo neste domingo. Pouco antes do início dos jogos do Brasileirão neste domingo a Argentina estava parada vendo o calvário do seu maior campeão nacional: River Plate.

O jogo foi cheio de emoção, com gol no início, muitos gols perdidos, lambança da zaga no empate, pênalti perdido e muita revolta da torcida. O resultado final decretou a queda do River a segunda divisão do campeonato Argentino. Fato triste e lamentável. Sim, triste!

Motivos não faltariam para celebrar este descenso. Primeiro, o fato de serem argentinos e a tarja de sempre se acharem superiores. Segundo, o fato de vermos uma força do futebol passando por mal bocados. Pra nós brasileiros, o primeiro aspecto já valeria o ingresso. E o segundo, talvez para a torcida do Boca. Mas para mim, nenhum dos dois valem celebração e detalho abaixo.

A explicação dos dois pontos estão relacionadas. O primeiro ponto passa pelo conhecimento e respeito que adquiri ao povo argentino após conhecê-los in loco. A animosidade que criamos pela rivalidade futebolística me impedia de vê-los como uma sociedade que está em muitos aspectos a frente da nossa realidade. Não vou me ater em muitos detalhes nesta explanação, mas em suma voltei com a frustração de constatar que Buenos Aires é o que São Paulo podia ser.

O segundo aspecto remonta ao fatídico ano de 2004. Aquela final da Copa do Brasl remoeu sentimentos tão estranhos e inéditos que me fizeram pensar o absurdo: "Seria melhor ter perdido pro Vasco". E é este "sentimento" que resiste até hoje em mim. Prefiro perder para um grande rival, mas tendo a noção que perdemos para um rival minimamente qualificado, do que perder para um time pequeno e sem saber explicar os porquês.

Isto posto, fica claro que pra mim sempre deve prevalecer o bem dos times grandes. O rebaixamento deles pode ser "bom" num primeiro momento, tendo a gozação a marca mais evidente. Mas após isto fica o vazio. Querer ser campeão é a obrigação, mas querer ser campeão em cima de um grande rival é a satisfação plena. Se for com um gol de falta aos 43 do segundo tempo então...

Lamento muito a situação do River Plate e a situação do Boca Juniors também. A Libertadores já era empobrecida sem a presença de ambos e agora o próprio campeonato argentino vai sentir a ausência de um deles. Que voltem aos bons tempos e retornem triunfantes, tanto no campeonato local quanto na competição continental. Quero ver o Flamengo ganhar a Libertadores, mas se nelas estiverem River e Boca vai ter um sabor especial!

Por Marcus Kimura, engenheiro de computação


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