Favoritos Página Principal E-mail
 

O time certo pro torneio errado

O tempo passa, o tempo voa, mas o Flamengo ao contrário da (falecida) poupança Bamerindus não continua numa boa. Na verdade, continua na mesma. Jogando mal, mas ao contrário do Campeonato Estadual não tem conseguido os resultados. O nível dos adversários melhorou um pouco e as magras vitórias desapareceram.

"Passadas cinco rodadas, o Flamengo segue invicto e mirando o G-4!". A euforia da manchete não é o retrato do pensamento de boa parte da nação rubro-negra. Embora, ela não seja mentirosa e a principal palavra citada ("invicto") não possa ser desprezada. Chega a ser paradoxal a situação. Como temos um time que não perde, mas que também não ganha?

Eu poderia dizer que o time está na época errada. Afinal, se as vitórias valessem somente dois pontos como nos anos 80, o prejuízo de 4 empates nem seria tão grande. Estaríamos a 4 pontos do líder São Paulo, ao invés dos 8 pontos atuais. Mas a máquina do tempo não existe e não podemos nos prender a esta suposição. Estamos em 2011 e as vitórias valem 3 pontos. O prejuízo é enorme.

Voltando ao paradoxo da situação, assim como no Estadual, é inegável o mérito de uma invencibilidade. Afinal, fora o Flamengo, somente o trio de ferro da capital paulista (São Paulo, Palmeiras e Corinthians) que está invicto. Sendo que o Corinthians tem um jogo a menos pelo adiamento do clássico contra o Santos.

Analisando o time, os problemas que todos conhecem são os mesmos da época do Estadual (miolo da defesa e comando de ataque). E com isso, é possível afirmar com todas as letras: não temos um time competitivo para o Campeonato Brasileiro. Mas não temos elenco? Não se trata deste aspecto. Não temos um time base que seja consistente para a fórmula de disputa do campeonato.

Usando um velho clichê, temos um time formado por grandes estrelas, mas não um grande time. E como todo time formado por estrelas, pode ser decisivo em jogos mata-mata, mas não num torneio que exige regularidade. Mas e a Copa do Brasil? O Flamengo estava pronto para ganhá-la. Tinha time e qualidades para fazê-lo, mas não obteve êxito pelo inexplicável do futebol. Jogou melhor os dois jogos contra o Ceará, mas não levou.

Que os reforços venham logo para transformarmos esta característica "copeira" numa estável e mais aderente com a fórmula do torneio que estamos disputando. É preciso vencer. Caso contrário, nossas únicas esperanças de glória neste segundo semestre recairão sobre a Copa Sul-americana. Tanto pelo nível dos adversários, quanto pela fórmula de disputa.

Por Marcus Kimura, engenheiro de computação


COMENTÁRIOS



Voltar | Topo | Home
  Site criado por Daniel Marques. Todos os direitos reservados ©.   
Free Web Hosting